Penso que, o erro cometido pela humanidade, conforme explana o caríssimo Irmão, tem sua base no livre arbítrio, nos deixado por DEUS, conforme enfoca a fé, vejamos :
Segundo Descartes[1][1], O erro é a ignorância do “EU”, que não conhece a dupla natureza da Alma, que Pensa e Age, operando livremente sua essência inteligente, composta de vontade e entendimento. Em outras palavras, o “eu” inteligente, a Alma pensante, combina a Vontade e o Entendimento; entretanto cada um apresenta potência e extensão distintas, o que leva então ao grave problema:
A vontade depara-se com extensão, potência e possibilidades infinitas, enquanto o entendimento é limitado ao conhecimento, que é relativo e finito. Assim, levando ao erro, pois ao agir, com liberdade, entretanto sem o verdadeiro entendimento ou conhecimento de causa, acaba-se falhando ou incorrendo na escolha de um caminho tortuoso. Em resumo, o erro levado pelo entendimento é causado: pelo excesso de confiança e nos atos sem método, com base na vaidade, como também na leviandade e preconceitos ganhos ainda muito cedo, na infância.
Quanto as paixões, Descartes afirma, que a paixão de “generosidade” pode auxiliar na correção dos erros da ação por despertar o valor real do eu e proporcionar uma boa relação entre a vontade e o entendimento. Ou seja, para corrigir o erro, devemos despertar no EU a percepção de sua dupla natureza.
E submeter a vontade, vencer as paixões e fazer novos progressos na Maçonaria (novo e melhor entendimento sobre o nosso "eu") é a grande e valorosa missão dos maçons. Como também é a busca infatigável das religiões com base na tradição e de outras entidades apoiadas nos pilares da Ética e da Moral.
NOSCE TE IPSUM!
(1) René Descartes ( 1596 — 1650), foi filósofo, físico e matemático francês. Notabilizou-se sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria - fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Por fim, ele foi uma das figuras-chave na Revolução Científica.