quinta-feira, 25 de março de 2010
VOCÊ É EXISTENCIALISTA ?
quarta-feira, 17 de março de 2010
O QUE VAMOS FAZER LÁ ?
Importa então ressaltar que o valor de nossas pesquisas depende do valor de nossas leituras. Não só das dos livros, também das do mundo, das da vida, de nossas conversas de uns com outros, de nossas prévias experiências, isto é, de nossa capacidade de dizer a outrem o que aprendemos. Sempre, pois, uma parceria que se exerce não em uma negociação de sentidos já estabelecidos, mas na vastidão do campo simbólico onde há lugar para todos (UNISUL Metadologia da Pesquisa. PG 66, 2010).
Que mais fazemos em nossos Templos, senão o que está descrito acima? Albert Camus*, Já disse que as grandes idéias vem ao mundo mansamente, como pombas.
Talvez, então, seja por isto que nós homens-maçons paramos por algumas horas em sessões semanais nos nossos Templos, e ouçamos com atenção, em meio às atribulações do cotidiano, uma silenciosa mensagem, nos transmitida por nossos símbolos e alegorias.
Suavemente ela nos faz acordar para a vida, refletida na esperança da igualdade e da fraternidade.
Nossa organização constituída oficialmente há 300 anos, assume uma identidade própria, que a torna destacada das pessoas que a fundaram e mesma daquelas que são seus componentes.
Contudo, ela é revivificada por milhões de Maçons, cujos atos e trabalhos, diariamente, vivenciam a busca pela verdade, sempre ameaçada, ao longo da história da humanidade.
Nós cremos, que individualmente, a partir da vitória sobre nossas paixões e do controle de nossa vontade, possamos auxiliar na árdua construção social do mundo onde vivemos.
Assim sendo, que a nossa busca interior (nosce te ipsum) possa continuar alimentando o esforço de cada um de nós. Para que numa força conjunta na tarefa de conhecer nossa teoria social - coletivamente muito importante - e independente das diferenças religiosas, políticas e de etnia, possamos contribuir para um mundo melhor e mais fraterno. Que assim seja!
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*Albert Camus (Mondovi, 7 de novembro de 1913 — Villeblevin, 4 de janeiro de 1960) foi um escritor e filósofo francês nascido na Argélia. Na sua terra natal viveu sob o signo da guerra, fome e miséria, elementos que, aliados ao sol, formam alguns dos pilares que orientaram o desenvolvimento do pensamento do escritor. http://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Camus
terça-feira, 9 de março de 2010
O LOBO DE AVENTAL DE CORDEIRO
Um dia, o lobo teve a idéia de mudar sua aparência para conseguir comida de uma forma mais fácil.
Então, vestiu uma pele de cordeiro e saiu para pastar com o resto do rebanho, despistando totalmente o pastor.
“Que é preciso freqüentar as bibliotecas, é certo; convém, com certeza, tornar-se erudito... E depois? Para que exista um depois, isto é, algum futuro que ultrapasse à cópia, saia das bibliotecas e corra para o ar puro"... exponha-se ao sol, à sede, ao deserto. "A lição de Merimée mudará nossa vida: erudito, ele sai e não sai da biblioteca; ... mas, ao anoitecer, desce ao cais do rio, entre tanoeiros e operários ... Descobre sua origem corrente, enuncia o título e desenvolve a realização". ( Serres (1993, p. 71, 3, 8) (UNISUL Metodologia da Pesquisa pg.33):
Esta lição pode ser aplicada a nós maçons. Afinal, freqüentamos o Templo em busca de conhecimento. E não só para isso. Se não vejamos: se compararmos a sua estrutura à de um átomo, o núcleo maçônico apresentará girando ao seu redor três categorias distintas e que serão fundamentais para constituí-lo.
Uma delas é a maçonaria da busca pelo conhecimento: é nesta camada, formada por três graus simbólicos (podendo elevar-se em mais 30 graus) que o maçom estudará, pesquisará, apresentará sínteses/trabalhos e participará de debates; trata-se de uma condição sine qua non para permanecer e evoluir na Ordem Maçônica.
A segunda camada é a da solidariedade: é nesta que o homem-maçom pratica a benevolência, a caridade, a beneficência. São momentos, horas, muitas vezes dias de dedicação e altruísmo.
Finalmente, a terceira camada é a da fraternidade: é nesta que vivem os irmãos em união; é aqui que se acredita ter o SENHOR ordenado a benção e a vida para sempre. (SALMO 133).
Segundo a Lição de Merimée descrita acima, devemos nos tornar eruditos, estudiosos, pensadores livres; mas como ele diz: ...erudito, ele sai e não sai da biblioteca; ... mas, ao anoitecer, desce ao cais do rio, entre tanoeiros e operários ... Descobre sua origem corrente, enuncia o título e desenvolve a realização.
Porque o trabalho de cortar pedras e então, juntá-las para depois comporem as paredes do Templo, erguendo a construção a ser terminada pelos mestres, nunca se fez tão necessário.(ver desabafo do Ir.´.Wilson Filomeno,ex-grão Mestre da Grande Loja de SC e membro da Loja Pedreiros da Liberdade, 79; sobre o desvio de comportamento dos maçons políticos).
Acontece que o iniciado deve obrigatoriamente orbitar nas três camadas. O que se vê é uma distribuição de atividades e esforços diferentes a cada maçom. O que é plausível, já que por afinidade, alguém poderá se dedicar mais a fraternidade e em percentuais menores às outras áreas, e vice-versa.
Pessoalmente, acredito que o problema, se encontre na terceira camada, a da fraternidade, aquela em que vivem os irmãos em união, justamente aquela que acreditamos ter sido abençoada pelo SENHOR. Infelizmente, esta camada é a mais vulnerável, pois se fundamenta no amor, na confiança, e por isto mesmo nas relações ingênuas; Possibilitando que o “lobo de avental de cordeiro” pratique suas ações, livre e impunemente.