Há alguns maçons que se posicionam contra a tecnologia, as informações da internet, os trabalhos rápidos feitos sem muito esforço, a pesquisa via Google.
São maçons à moda antiga. Eles vêm de uma época em que tudo isso era proibido. Havia pouco para se ler e a transmissão do conhecimento ficava restrita ao templo e as instruções clássicas, decifradas pelos mais antigos.
Eles defendem a participação ativa nos trabalhos, aproximando-se dos mestres e, em silêncio, ouvir o que falam, como falam, seus toques, palavras, marchas, enfim, viver intimamente no seio da loja e aprender com o tempo e a maturidade que ele traz.
Ao contrário do que possa parecer, estes são conselhos seguramente sábios. Mas, por outro lado, em pleno século XXI, o século da informação, a tecnologia representada pelo Google, já silueta popular e presente na vida de todos, pode ser de grande valia e uma ferramenta poderosa na pesquisa.
Sabemos que a maçonaria é uma escola do conhecimento, e que o maçom, procura por saberes relacionados à humanidade e ao viver em sociedade. São eles: o senso comum, o religioso, o filosófico, o artístico e o científico. Seu objetivo é o questionamento e a reflexão, em busca do autoconhecimento.
No entanto, as informações encontradas nessas áreas do conhecimento, devido a sua importância vital, necessitam ser fundamentadas. Esta é a única forma de se chegar há um resultado comprovadamente confiável e capaz de conduzir o pesquisador na direção certa.
Portanto, a produção da pesquisa, não pode se concentrar apenas na busca pelo tema desejável, no Google, e simplesmente ser transportado para um texto no já famoso “Ctrl C” e “Crtl V” sem a devida leitura atenta e o estudo minucioso e responsável.
Em outras palavras, na Investigação Científica, defendida pelo filósofo grego Platão.
Isto posto, vale ressaltar que, de nada adiantará colher informações sem critério se o maçom não souber entendê-las, compará-las às instruções clássicas e organizá-las.
Enfim, na construção do conhecimento, a teoria, resultado da especulação, do estudo e da reflexão, deve estar criteriosamente em harmonia com a prática exercida no interior do templo e na vida profissional, familiar e social do mundo fora dele.
O estudo preciso, refletido, debatido e comparado, contribui para a construção individual de cada um e por extensão à construção social de todos.
Concluindo e atendendo a gregos e troianos, não há qualquer mal em se utilizar as ferramentas de pesquisa à disposição na grande rede mundial de informações.
Mas, por outro lado, há um mau incomensurável, naquele que se entrega à preguiça mental e insisti na indolência, e na prática lamentável e por vezes criminosa, do “copiar e colar”.
Esta sim, uma moléstia dos tempos modernos e que deve ser tratada como tal e combatida incansavelmente em todas as áreas do saber.
Afinal, você é um "pensador" ou um "clicador" ?
Imagem fonte: www.google.com.br/imagem
Para conhecer mais, acesse o link abaixo e leia o texto: "Uma panorâmica sobre a Maçonaria e a Internet". É de um Mestre Maçom da RESPEITÁVEL LOJA MESTRE AFFONSO DOMINGUES, jurisdicionada à GRANDE LOJA REGULAR DE PORTUGAL. O texto é bem construído e esclarecedor. Vale a pena e serve de exemplo para a boa função da Internet. Ele em Portugal e nós por aqui.
http://www.rlmad.net/rlmad-main/mmenu-pranchas/410-mac-inter.html