quinta-feira, 10 de maio de 2012

DIREITO À EDUCAÇÃO!

          A falta de informação causa desconhecimento de direitos, sejam eles da cidadania e do direito à educação, como pretendo abordar neste texto. E, este paradoxo, já que estamos a viver o século da informação, indica que o contexto atual da política neoliberal vigente no Brasil continua a mesma, ou seja, a levar as classes dominantes a utilizar a educação escolar privada como instrumento de preparo de seus alunos para ingressar no mercado; E vou mais longe, prepará-los para o empreendedorismo nesse mercado. Enquanto, cabe a escola pública o preparo da classe popular para o trabalhado servil. Além disto, historicamente e de forma mais explícita durante o regime militar, não se permitiu que o cidadão tivesse acesso ao conhecimento científico e filosófico impedindo que desenvolve-se a capacidade de refletir criticamente.
          Para piorar, ao impedir acesso à informação, de pouco valeu, o princípio de igualdade garantido pela Constituição Federal, já que os preconceitos sempre prevaleceram acima das diferenças sociais, religiosas e da etnia.
          Concluindo e retornando a questão: Por que a escola pública não prepara o aluno para a entrada no mercado de trabalho? Eu penso que ela não prioriza o mercado de trabalho como principal objetivo. Até por que não consegue; ao contrário da escola privada, dita particular, que investe na formação científica de seus alunos de forma intensa e acumulativa, a escola pública se vê obrigada a envolver grande parte de seu tempo na preparação de seus alunos para a cidadania social; ao refletir e buscar há todo momento, o desenvolvimento ético e moral. E, explico: isto se dá em parte, porque o aluno da escola pública muitas vezes vive em famílias desagregadas e de baixa renda, e procura no seio da escola um abrigo para seus desencantos.
          Deste modo, o esforço e investimento dos professores e administradores da escola acabam por dividir o espaço escolar; por um lado, no o ensino do conhecimento científico e, por outro na formação de cidadãos, em grande parte desamparados pelo estado, pela família e pela sociedade.