INSTRUÇÃO
Imagine-se conduzindo um Ap.'.M.'. em uma visita pelo Templo; Você vai caminhando e dizendo: Estas são as CCol.'. SSol.'., este é o Norte, esta é a P.'.B.'.; este é o L.'.L.'. o Comp.'. e o Esq.'.; este é o Or.'., esta é a P.'.P.'., e por aí fora...No fim da visita, você teria mostrado tudo a ele no T.'.. Imagine agora se esse Ir.'.Ap.'.M.'., ao final da visita e ao se despedir, agradecesse e dissesse: "Muito obrigado, você me mostrou o Templo todo! Mas, não me mostrou a Maçonaria"
Uma leitura maçônica é interna, no sentido de possuir uma linguagem interna à maçonaria, apesar de não ser estranha fora dos Templos Maçônicos, já que é extraída da cultura desenvolvida pelo homem ao longo da história da humanidade. Mas, o sentido dado aos símbolos e instrumentos Maçônicos, é que transforma tais “signos” comuns em mensagens esotéricas que são simplesmente fantásticas e não só inerentes à nós aprendizes de maçonaria, mas à todos que se interessam pelo conhecimento.
Nossas instruções clássicas, pretendem especializar e ensinar seus leitores, nos conceitos maçônicos desenvolvidos e explorados nos últimos trezentos anos.
Entretanto, é claro, que nem mesmo em uma instituição tão antiga, os conceitos, que permanecem escritos de forma idêntica há tantos anos, são interpretados da mesma forma por todos. O motivo é a arte de LER, e como ler nunca é ler apenas palavras, mas o que se esconde por trás delas, a arte de interpretar é ponto fundamental para o bom entendimento.
Quem já não necessitou ser extremamente cuidadoso com a leitura de um texto para encontrar o que realmente queria dizer o escritor? Em um dos programas do Jô, exibido pela televisão, o escritor Mário Prata, criticou o vestibular de uma universidade paulista, por ter apresentado uma questão aos candidatos, onde pedia para o candidato Ler, Analisar e Relatar a visão do cronista sobre um texto de sua autoria. Imaginem que ele declarou ao Jô Soares seu espanto ao verificar a resposta correta que os organizadores apontavam para a questão, dizendo:
“Jô, nem eu sabia que era aquilo que eu queria dizer”.
Uma boa dica é usar e abusar da Etimologia, que é a ciência do étumos, do real. Isso significa que há o real da palavra, que ela possui uma história, que você pode descobrir pesquisando o significado real da(s) palavra(s). Em resumo, você estará decriptando o real por trás do texto.
E lembre-se, ler um texto maçônico consiste em construir outro texto, e uma boa forma é anotar conceitos, comentários importantes, etc... Que certamente ajudarão no momento de construir a sua “Peça de Arquitetura”.
OBS.: Nunca é demais o antigo e apropriado cuidado com a escolha da bibliografia.
Visite a Biblioteca existente no nosso Templo. E consulte o Mestre bibliotecário.
Um comentário:
Caro Nélson, o Jornal "O Estado de Minas" há muios anos contratou o escritor / cronista /poeta Carlos Drumond para fazer a prova do vestibular da UFMG, quando a análise de texto foi sobre algo de sua própria autoria. Divertido foi o comentário do próprio, no jornal, citando a sua má nota, pela interpretação do seu próprio texto A filalização foi parecida.
Abração
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