A angústia leva o homem ao absurdo, a alienação, a tornar-se um estranho em seu próprio mundo. Em outras palavras, retira-o do mundo da praticidade.
Vejamos por exemplo, a utilidade do Malho e do Cinzel: eles têm seu valor enquanto instrumentos de trabalho no corte da pedra e enquanto isto pertencer a eles; O mesmo acontece com o homem que exerce seu trabalho, concentrado em sua vida prática, no seu dia-a-dia. O mundo cobra isto dele e, o faz, porque impõem exigências para permitir que sobreviva.
No entanto, quando a angústia, toma conta da sua mente, ele torna-se um estranho no seu mundo, pois passa a não ter mais préstimo e a viver sem qualquer utilidade. Ele não se esquece do valor que possuía, daquilo que “era”, do que representava para sua família e a sociedade, mas, não pode mais alcançar a praticidade de simplesmente “ser” e “agir”.
Na angústia, como no exemplo acima, o Malho e o Cinzel, perdem o sentido e a praticidade, é como se os seus valores como instrumentos de trabalho no corte da pedra, fossem afastados deles, fossem duas coisas separadas, e não se soubesse mais encaixar a “utilidade” aos instrumentos. Eles se tornam apenas símbolos, e não se sabe mais o que fazer com eles. E assim, se torna a sua vida, ele a reconhece, mas, ele não sabe o que fazer com ela.
Ao absorver a angústia, e perder-se da praticidade, o homem passa a não compreender a sua existência e, fatalmente, a angústia o levará à morte, pois ela é a morte da existência.
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Se achou interessante esta pequena reflexão sobre a Angústia, saiba mais pesquisando:
Dasein (o ser-aí ou o ser-no-mundo), morte, angústia ou decisão, do filósofo contemporâneo alemão Martin Heidegger (Meßkirch, 26 de Setembro de 1889 — Friburgo, 26 de Maio de 1976).
A pintura acima: A Angústia de Jacó foi obtida no site:
http://acaoja.files.wordpress.com/2007/12/angustia.jpg
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