Palavras do Rei de Tiro, Hiram, em resposta ao pedido do Rei Salomão, quando da construção do Templo:
Agora, pois, envio {um} homem sábio de grande entendimento, {a saber,} Hirão-Abi, {ou Hirão, meu pai} 2 Crônicas 2:13
Abi ou Abif, é uma palavra composta das iniciais extraídas de outras quatro palavras: Aleph, Beth, Iod e Vav, todas hebraicas.
O alfabeto hebraico, é o alfabeto utilizado para a escrita em hebraico, que é uma língua semítica pertencente à família das línguas afro-asiáticas. Falada em Israel, foi criada por volta do século III a.C.
ALEPH - O primeiro som que o ser humano articula e a primeira letra do alfabeto.
Exprime a idéia de unidade e do princípio; designa a causa, a fôrça, a atividade, o poder, a estabilidade e o homem como unidade coletiva.
BETH - Designa o interior e ativo, o poder plasmante, o germe, a paternidade, o Criador, a habitação, o objeto central.
IOD - Quando vogal, simboliza a Divindade ( é o mais alto dos sons vogais); é imagem da manifestação potencial, duração espiritual, eternidade e do poder ordenador. Tornando-se consoante designa duração material.
VAU - Esta letra é como um nó que liga ou um ponto que separa o Ser e o Não Ser
Fonte: http://tipografos.net/glossario/alfabeto-hebraico.htm
A Maçonaria refere-se ao personagem bíblico Hiram Abif. A palavra Abif, significa "seu pai". É também, um título de respeito. O Rei de Tiro,
conforme decrito no início, ao se referir ao seu artífice, chama-o de "meu pai Hiram". No Livro de Crônicas, é chamado de "Seu Pai, Hiram Abiff".
O sobrenome resulta em seu título de honra; Nota-se também que os pensadores, os “doutores” em meio ao povo hebraico, eram chamados de "pais". Da mesma forma, o filósofo René Descartes é chamado de pai da filosofia moderna, os ingleses, dos pais do futebol, e, assim o Hiram Abif, é chamado na Bíblia, de pai da arte de forjar [fabricar,fazer] o ouro e outros metais nobres.
E, especificamente na Maçonaria, como o “pai da construção do Grande Templo”.
Cuidado! Não confundir com a figura paterna do pai biológico, e seu(s) filho(s).
Por isto mesmo, para evitar esses acidentes, é importante ressaltar, que ao se deitar os olhos sobre um texto, deve-se fazê-lo com muita atenção. A leitura deve ser atenta e com vistas à época em que ele foi escrito. Em outras palavras, deve-se entender o que se passava naqueles anos, a história daquele povo, o perfil do autor, seus costumes, suas crenças, sua língua...[Filologia]*
Para quem tem esta preocupação e quer chegar a um bom entendimento em suas pesquisas, como nós maçons que procuramos a instrução à margem das influências das crenças religiosas, sugere-se que a faça na Bíblia de Jerusalém veja por que:
A Bíblia de Jerusalém é a edição brasileira (1981, com revisão e atualização na edição de 2002) da edição francesaBible de Jérusalem, que é assim chamada por ser fruto de estudos feitos pela Escola Bíblica de Jerusalém. De acordo com os informativos da Paulus Editora, a edição "revista e ampliada inclui as mais recentes atribuições das ciências bíblicas. A tradução segue rigorosamente os originais, com a vantagem das introduções e notas científicas”.
Essas notas diferenciais em relação às outras traduções prestam-se a ajudar o leitor nas referências geográficas, históricas, literárias, etc. Suas introduções, notas, referências marginais, mapas e cronologia — traduções de material elaborado pela Escola Bíblica de Jerusalém — fazem dela uma ferramenta útil como livro de consulta, para quem precisa usar passagens bíblicas como referência literária ou de citações.
Os exegetas[críticos] apontam que o grande diferencial da Bíblia de Jerusalém é que, além da tradução dos originais do hebraico, aramaico e grego, existe a contextualização histórica, dentro do ambiente físico, ambiental e cultural relativo à época em que cada livro foi escrito. Trata-se de uma obra que representara "a união do monumento e do documento", de acordo com Lagrange, criador da Escola Bíblica de Jerusalém, unindo assim "a arqueologia, a crítica histórica e a exegese dos textos".
A Bíblia de Jerusalém é considerada atualmente, pela maioria dos lingüistas, como um das melhores bíblias de estudo, aplicável não apenas ao trabalho de teólogos, religiosos e fiéis, mas também para tradutores, pesquisadores, jornalistas, Filósofos e cientistas sociais, independente de serem católicos, protestantes, ortodoxos ou judeus, ou mesmo de qualquer outra religião ou crença.
Assim, fica melhor não é? Afinal, podemos tentar chegar ao conhecimento sem interferências. Mãos à obra.
Entretanto, sempre é bom ter em mente, que a Fé, é individual, não precisa de provas, e não deve ser discutida ou imposta; Mesmo porque, esta seria uma missão inútil.
Em outras palavras, FÉ é FÉ! E que DEUS nos ilumine e nos dê sabedoria, para sempre saber discernir o verdadeiro do falso, o bem do mal.
*Filologia (do grego antigo "amor ao estudo, à instrução") é a ciência que estuda uma língua, literatura, cultura ou civilização sob uma visão história a partir de documentos escritos.
3 comentários:
Caro Ir.’. Nélson Machado,
Seu trabalho, como de costume, foi muito esclarecedor. Ajudando-me a fazer um conceito sobre este tema muito importante, que é o Livro da Lei
Parabéns.
TFA
Robson de Assis
Loja Eleutério Cunha-57
Ibiporã-Pr.
Sim.Também sempre achei isso. Fiz um empenho muito grande, na época, para encomendar e tentar receber meu exemplar da "Bíblia de Jerusalém", porém nunca o conseguia. Até que, alguns anos depois (2004) minha esposa e filhas conseguiram um exemplar e mo deram de presente.
Contudo, alguns anos após, fui convidado por um amigo pertencente a uma comunidade judaica, para assistir a uma palestra deles.
Na ocasião, conversando com os palestrantes, mencionei as diversas traduções da Biblia que havia estudado, católicas, protestantes, espiritas e das Testemunhas de Jeová , finalizando com a "Bíblia de Jerusalém".
Eles conheciam todas essas versões e desaconselharam todas, dizendo que não havia nenhuma delas que parecesse ser melhor nas mensagens, quando comparadas às mensagens originais hebraicas.
Citaram uma versão utilizada em Israel (a qual anotei o nome, mas agora não me lembro), para instrução dos judeus de lingua portuguesa que retornam para lá.
Mas, mesmo essa, disseram, "perde muito sentido para os textos originais hebraicos.
Aconselharam-me estudar a língua hebraica e então ler os originais hebraicos, para, somente então (segundo eles) obter verdadeiramente o significado do que realmente está escrito.
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