quarta-feira, 26 de outubro de 2011

UM CAMINHO EM QUE HÁ MUITAS PEDRAS!


           Ontem conversando com um blogueiro profissional, ele me disse que o “negócio” por aqui é postar nossas opiniões abertamente. Então vamos lá: 

          Uma amiga minha, pedagoga em uma escola pública, irritou-se com um estagiário de jornalismo que publicou uma entrevista que deu no dia dos professores. Ela explica que o entrevistador alterou e acrescentou coisas que não disse. Por exemplo o uso da palavra "pedregoso". 
          Aí vai, pela primeira vez, minha opinião informal, escrita sem muita preocupação, para a minha querida amiga:    
           "Pedregoso" é bom! Significa; “um caminho em que há muitas pedras”. E, você poderá utilizá-las da seguinte forma:
          Uma você atira no professor. Naquele que não consegue navegar na onda pragmática que domina o mundo contemporâneo, e nem tão pouco na globalização do conhecimento.           Pois é nesse panorama, que o jovem desde muito cedo, já consegue visualizar a aplicação prática de tudo o que vê. E é aí que o “cabeçudo” do professor, faz jus à pedrada. Já que não faz uso de recursos tecnológicos de áudio e vídeo, para demonstrar claramente a sólida utilidade prática, dos conceitos teóricos que aplica no quadro-verde(?).
          A segunda pedra vai diretamente para a cabeça do governador do Estado. Sim, na dele, porque é ele que não equipa a escola pública com os recursos tratados acima.

Ou então, a pedrada será pelo fato do Estado insistir em administrar a educação da forma incompetente que faz. 

          Exceção feita, caso ele seja um neoliberal; Neste caso, deve abdicar da missão de educar, cair fora e abrir espaço para a iniciativa privada. E aí! Bom, e aí vamos atirar esta pedra em outras cabeças: as nossas, (mas isto é para pensar outro dia).

          A terceira pedra será lançada nas asas da nossa reflexão.  Reflexão esta, de ordem crítica, realizada a partir do entendimento de que a busca do saber, acontece com a interação entre dois pólos, o sujeito e o objeto.

          E vale ressaltar que a condição básica para essa relação existir, reside na capacidade cognitiva do sujeito(aluno) em buscar o objeto(saber,conhecimento).

          Em outras palavras, para que este encantamento se realize, as aulas devem manter uma relação fina com a inteligência do aluno, em um ambiente fértil e que necessariamente fomente o seu interesse, alimente a sua memória, e o leve a pesquisa, reflexão e debate.

          E, resumidamente, que os facilitadores, façam uso de uma linguagem adequada ao meio educacional, respeitando as diferenças raciais, sexuais, físicas, religiosas... Enfim, que interatuem com cada um dos alunos, percebendo-os como iguais e, principalmente como estudantes e futuros cidadãos.

          A quarta, bom, a quarta, querida pedagoga, vai para o aprendiz de jornalista. Porém, não na cabeça. Nem atirada. Vamos entregar para ele, amarrada a uma pequena corda. E sugerir que carregue no pescoço. O peso deve lembrá-lo sempre da responsabilidade de sua profissão. Para que não se torne mais um jornalista imbecil, parcial, preguiçoso e burro como alguns que se apresentam todos os dias, na imprensa brasileira.

As outras pedras? Bom as outras vamos guardar. Afinal nunca se sabe o dia de amanhã!

E não me venham com aquela: “Quem nunca errou que atire a...”


Um comentário:

Daiane Ceribelli disse...

Infelizmente meu caro Nelson, muito do que lemos esta cheio de verdades dos outros. Infelizmente Nossas verdades muitas vezes são ditas e não ouvidas.
Triste mesmo é saber que estamos profissionais desse nivel.