quinta-feira, 15 de outubro de 2009

SORTE EPISTÊMICA

Platão ensinou através de Sócrates que conhecimento é uma crença verdadeira justificada.

Pensou-se assim até 1963 quando o Filósofo Edmund Gettier apresentou uma série de contra exemplos demonstrando que existia a possibilidade de que alguém pudesse ter conhecimento sem, contudo, ter uma crença justificada. Isto ficou conhecido como "Problema de Gettier".

Existe, por exemplo, a possibilidade de que o fato de uma crença ser verdadeira e justificada seja devido meramente à sorte.

Em epistemologia chamada de “sorte epistêmica”, ou seja, a pessoa acerta quanto à verdade de determinado conhecimento, mas não sabe justificar seu acerto. Um exemplo disto, são os casos de acertar na loteria: Quem acertou na loteria marcou os números corretos, mas isto não significa que ele sabia que aqueles eram os números corretos.

Comigo aconteceu que: Ao assar uma lasanha no forno, percebi que o painel de controle do fogão à gás, aquele que apresenta os controles de chama, estava muito quente.

Sabia que o forno do fogão havia explodido, por ter sido exposto a alta temperatura por um longo tempo.

Deduzi que na explosão, o isolador térmico colocado entre o forno e a parte superior do fogão havia sido danificado juntamente com as outras peças internas. E, imaginei que esse isolador poderia não ter sido reparado. Foi um “chute” pois não conheço de forma alguma o funcionamento de um fogão.

Ouvindo depois as explicações de um técnico, constatei que havia acertado em minha suposição. E que minha crença era verdadeira, porém fundamentada em sorte epistêmica.


Edmund L. Gettier III (Baltimore, Maryland, 1927 é um filósofo norte-americano.

Gettier deve a sua reputação a um único ensaio de três páginas, publicado em 1963, intitulado "É uma crença verdadeira justificada conhecimento?", em que disputou a definição tradicional de conhecimento aceita durante mais de dois mil anos. ou seja, a crença verdadeira justificada não é suficiente para o conhecimento.

Para saber mais: http://es.wikipedia.org/wiki/Problema_de_Gettier 

ou no site traduzido abaixo:

http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=es&u=http://es.wikipedia.org/wiki/Problema_de_Gettier&ei=TkTXSumRKYPR8QakhrHCAQ&sa=X&oi=translate&resnum=6&ct=result&ved=0CBEQ7gEwBQ&prev=/search%3Fq%3Dproblema%2Bde%2Bgettier%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DX

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

OS PROTOCOLOS DOS SÁBIOS DE SIÃO (Uma breve pesquisa)

Dirimindo dúvidas : 

O livro apócrifo "Os Protocolos dos Sábios de Sião" é uma fraude feita na Rússia pela Okhrana (polícia secreta do czar Nicolau II), que culpa os judeus pelos males do país. Ele foi publicado privadamente em 1897 e tornado público em 1905. É copiado de uma novela do século XIX (Biarritz, 1868) e afirma que uma cabala secreta judaica conspira para conquistar o mundo.

A base da história foi criada por um novelista anti-semita alemão chamado Hermann Goedsche, que usou o pseudônimo de Sir John Ratcliffe. Goedsche roubou a idéia de outro escritor, Maurice Joly, cujos "Diálogos no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu" (1864) envolviam uma conspiração do inferno contra Napoleão III. A contribuição original de Goedsche consistiu na introdução dos judeus como os conspiradores para a conquista do mundo.

O Império Russo usou partes da tradução russa da novela de Goedsche, publicando-as separadamente como os "Protocolos", e afirmando que se tratava de atas autênticas de reuniões secretas de judeus. O seu propósito era político: reforçar a posição do czar Nicolau II, apresentando os seus oponentes como aliados de uma gigantesca conspiração para a conquista do mundo. O czar já via o "Manifesto Comunista" de Marx e Engels (de 1848) como uma ameaça. Como Marx era judeu de nascimento, apesar de não seguir a religião e de propor um regime político onde ela seria banida, a origem dele poderia ser usada para fundamentar a "ameaça judaica".

Os "Protocolos" são uma fraude de uma ficção plagiada. Eles foram denunciados como fraude em 1921 por Philip Graves, um correspondente do "London Times"; por Herman Bernstein em "The Truth About The Protocols of Zion: A Complete Exposure" (Ktav Publishing House, New York, 1971); e por Lucien Wolf em "The Jewish Bogey and the Forged Protocols of the Learned Elders of Zion" (Londres: Press Committee of the Jewish Board of Deputies, 1920).

Os "Protocolos" foram publicados em várias línguas, inclusive português, espanhol, inglês, russo, vários idiomas da Europa Oriental, árabe, línguas asiáticas, etc. 

(extraído de http://www.midiajud.org - http://www.beth-shalom.com.br)

Eu mesmo, li o livro através de uma cópia feita por um maçom da religião muçulmana que, acreditando em um suposto envolvimento de nossa instituição, solicitou  minha opinião. À época, talvez dez anos, após a leitura do livro, fiz uma cuidadosa pesquisa, discutida em seguida e entendida como uma “fraude”. O texto falso, a fraude , é tão convincente que, passados mais de 100 anos, continua a criar polêmica.  Recentemente, em uma "roda de conversas" durante um "ágape" ouvi novamente uma discussão sobre o tema, por isto mesmo, apresento o pequeno resumo acima. Se alguém tiver alguma consideração a ser feita ou algo a acrescentar... Use o espaço nos "comentários" indicado logo abaixo.


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

FRAUDE! E AÍ? É O "ENEM-EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO" QUE VAI RESOLVER ?

TABELA DE APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO EM UMA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO (clique para aumentar a tabela)

*APCC: Aprovação por Conselho de Classe.

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: No que tange à educação propriamente dita, pesquisei os resultados nos últimos dois anos, no que diz respeito à aprovação e reprovação dos alunos, em estágio, exigido pela UNISUL, no curso de Bacharelado em FILOSOFIA, na disciplina "Conhecendo Ambientes Educativos" e vejam o resultado, na tabela acima:

Os números chamam a atenção, pela quantidade de alunos que são aprovados pelo Conselho de Classe. Segundo a Diretora, o Conselho de Classe é formado por todos os professores, equipe pedagógica e Direção; A principio todos os alunos reprovados, ou seja, que não alcançaram a média de 6,0 pontos, são enviados para avaliação pelo Conselho, que estabelece o seguinte critério:

  1. Todos aqueles alunos que foram reprovados em apenas duas disciplinas, entretanto, alcançaram médias acima de 5,0 são automaticamente aprovados.
  2. O restante passa por uma análise individual; a maturidade e a capacidade que o aluno tem de freqüentar a série seguinte.

Ao perguntar se consideram a aplicação de provas, o meio ideal para verificação de aprendizagem, alguns professores ficaram divididos:

· 80 % responderam que sim e

· 20 % responderam que não

8. DIAGNÓSTICO DO AMBIENTE EDUCATIVO

Não há como deixar de observar que, se o critério de avaliação da escola fosse baseado somente nas notas extraídas das provas, conforme querem 80% dos professores, o número de reprovação que nos dois últimos anos foi de de 11,50%, teria sido de 47,65%, do total de alunos da escola; já que, 36,12% foram aprovados pelo Conselho de Classe. (CONF. TABELA ACIMA).


Segundo o livro didático, CONHECENDO AMBIENTES EDUCATIVOS – UNISUL (PG 23):

Um ambiente educativo constitui-se num espaço de troca de conhecimentos e saberes. Nele você aprende e ensina o tempo todo. Um ambiente educativo é um ambiente de conhecimento.

Dentre as muitas maneiras de dizer o que é conhecimento, vamos escolher a afirmação: conhecimento é a capacidade adquirida por um indivíduo para interpretar e operar sobre um conjunto de informações. Esta capacidade é construída a partir das relações que o indivíduo estabelece sobre esse conjunto de informações.

Considerando-se essa afirmação, percebe-se que alguma engrenagem nesse mecanismo escolar, nessa troca de aprender e ensinar, não está cumprindo seu objetivo.

Percebe-se visivelmente um desgaste muito grande dos professores que formam o corpo docente do colégio visitado, a saber:

1. Desenvolvem uma carga horária de quarenta aulas semanais; das quais somente quatro horas disponíveis para prepararem su as atividades.

2. 75% do corpo docente é formado por professoras. Portanto, ainda cumprem obrigações como donas de casa, esposas e mães.

3. Os salários pagos pelo Estado, não são suficientes para a contratação de empregadas domésticas, pagamento de uma boa assistência médica e odontológica privada. Esta realidade, faz com que busquem atividades extra curriculares para auxiliar no orçamento familiar. Além disso, afasta os homens da profissão de professor, que buscam outras atividades mais lucrativas no mercado de trabalho, além, de provocar uma acentuada diminuição na procura pelas faculdades de licenciatura.

9. SUGESTÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Evidencio dois pontos fundamentais encontrados em minha observação. O primeiro é uma melhor remuneração dos serviços prestados por todos os funcionários ligados à educação e uma boa cobertura de proteção e assistência à saúde e a aposentadoria.

Com base no livro didático, CONHECENDO AMBIENTES EDUCATIVOS – UNISUL (PG 45):

Que é Educação ?

Nascemos carentes de idéias, concepções, conceitos. Precisamos apreender elementos culturais que possibilitarão a relação com o mundo das coisas (natureza) e com as outras pessoas (sociedade). Necessitamos de um processo de humanização que nos torne aptos para a realização da existência. Este processo requer um ambiente vital favorável, quer seja na família, escola, mundo do trabalho, organizações e instituições sociais.

Kant afirma que o homem tem necessidade de cuidados e de formação. A formação compreende a disciplina e a instrução. Segundo ele, é a disciplina que transforma a animalidade em humanidade e, diferentemente dos outros animais que, basicamente, precisam de nutrição, o homem precisa de nutrição e de cuidados: “O homem não pode tornar-se um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é o que a educação dele faz” (KANT, 1996, p. 15).

Como se pode observar, educar não é um trabalho exclusivo, solitário da escola. É um papel a ser empreitado também pela família, que, aliás, é o primeiro ambiente educacional, freqüentado pelo homem. Os professores queixam-se de que os alunos chegam ao ambiente escolar, sem noções da estrutura que norteia a Escola; que, como apontado no livro didático, CONHECENDO AMBIENTES EDUCATIVOS – UNISUL (PG 63): Ensino – Aprendizagem – Cooperação – Respeito; são a base que sustenta um ambiente educativo, proporcionando um meio de troca salutar e produtivo entre professor e aluno.

Executado este projeto, realizada esta mudança, teríamos certamente ganhos qualitativos durante um longo período; transformações benéficas na organização educacional; realização das metas estabelecidas e alcance dos valores desejados. E seguramente um envolvimento não só de todo o corpo docente e dicente da escola, mas de toda a sociedade, cooperando interagidos na mesma direção, em busca de uma Escola, que apresentará um bom ensino e aprendizagem, onde todos estariam cooperando, e convivendo com todo o respeito que deve caracterizar um ambiente educacional.

Obs. Transcrevo acima, parte do Relatório Final de estágio que realizei e apresentei à UNISUL. Por uma questão de ética, reservo-me o direito de não fornecer o nome do Colégio. O que nada muda, pois a situação da educação no Brasil é geral e se repete em cada escola pública. Que se ouçam os Professores! (N.A)