*APCC: Aprovação por Conselho de Classe.
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: No que tange à educação propriamente dita, pesquisei os resultados nos últimos dois anos, no que diz respeito à aprovação e reprovação dos alunos, em estágio, exigido pela UNISUL, no curso de Bacharelado em FILOSOFIA, na disciplina "Conhecendo Ambientes Educativos" e vejam o resultado, na tabela acima:
Os números chamam a atenção, pela quantidade de alunos que são aprovados pelo Conselho de Classe. Segundo a Diretora, o Conselho de Classe é formado por todos os professores, equipe pedagógica e Direção; A principio todos os alunos reprovados, ou seja, que não alcançaram a média de 6,0 pontos, são enviados para avaliação pelo Conselho, que estabelece o seguinte critério:
- Todos aqueles alunos que foram reprovados em apenas duas disciplinas, entretanto, alcançaram médias acima de 5,0 são automaticamente aprovados.
- O restante passa por uma análise individual; a maturidade e a capacidade que o aluno tem de freqüentar a série seguinte.
Ao perguntar se consideram a aplicação de provas, o meio ideal para verificação de aprendizagem, alguns professores ficaram divididos:
· 80 % responderam que sim e
· 20 % responderam que não
8. DIAGNÓSTICO DO AMBIENTE EDUCATIVO
Não há como deixar de observar que, se o critério de avaliação da escola fosse baseado somente nas notas extraídas das provas, conforme querem 80% dos professores, o número de reprovação que nos dois últimos anos foi de de 11,50%, teria sido de 47,65%, do total de alunos da escola; já que, 36,12% foram aprovados pelo Conselho de Classe. (CONF. TABELA ACIMA).
Segundo o livro didático, CONHECENDO AMBIENTES EDUCATIVOS – UNISUL (PG 23):
Um ambiente educativo constitui-se num espaço de troca de conhecimentos e saberes. Nele você aprende e ensina o tempo todo. Um ambiente educativo é um ambiente de conhecimento.
Dentre as muitas maneiras de dizer o que é conhecimento, vamos escolher a afirmação: conhecimento é a capacidade adquirida por um indivíduo para interpretar e operar sobre um conjunto de informações. Esta capacidade é construída a partir das relações que o indivíduo estabelece sobre esse conjunto de informações.
Considerando-se essa afirmação, percebe-se que alguma engrenagem nesse mecanismo escolar, nessa troca de aprender e ensinar, não está cumprindo seu objetivo.
Percebe-se visivelmente um desgaste muito grande dos professores que formam o corpo docente do colégio visitado, a saber:
1. Desenvolvem uma carga horária de quarenta aulas semanais; das quais somente quatro horas disponíveis para prepararem su as atividades.
2. 75% do corpo docente é formado por professoras. Portanto, ainda cumprem obrigações como donas de casa, esposas e mães.
3. Os salários pagos pelo Estado, não são suficientes para a contratação de empregadas domésticas, pagamento de uma boa assistência médica e odontológica privada. Esta realidade, faz com que busquem atividades extra curriculares para auxiliar no orçamento familiar. Além disso, afasta os homens da profissão de professor, que buscam outras atividades mais lucrativas no mercado de trabalho, além, de provocar uma acentuada diminuição na procura pelas faculdades de licenciatura.
9. SUGESTÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS
Evidencio dois pontos fundamentais encontrados em minha observação. O primeiro é uma melhor remuneração dos serviços prestados por todos os funcionários ligados à educação e uma boa cobertura de proteção e assistência à saúde e a aposentadoria.
Com base no livro didático, CONHECENDO AMBIENTES EDUCATIVOS – UNISUL (PG 45):
Nascemos carentes de idéias, concepções, conceitos. Precisamos apreender elementos culturais que possibilitarão a relação com o mundo das coisas (natureza) e com as outras pessoas (sociedade). Necessitamos de um processo de humanização que nos torne aptos para a realização da existência. Este processo requer um ambiente vital favorável, quer seja na família, escola, mundo do trabalho, organizações e instituições sociais.
Como se pode observar, educar não é um trabalho exclusivo, solitário da escola. É um papel a ser empreitado também pela família, que, aliás, é o primeiro ambiente educacional, freqüentado pelo homem. Os professores queixam-se de que os alunos chegam ao ambiente escolar, sem noções da estrutura que norteia a Escola; que, como apontado no livro didático, CONHECENDO AMBIENTES EDUCATIVOS – UNISUL (PG 63): Ensino – Aprendizagem – Cooperação – Respeito; são a base que sustenta um ambiente educativo, proporcionando um meio de troca salutar e produtivo entre professor e aluno.
Executado este projeto, realizada esta mudança, teríamos certamente ganhos qualitativos durante um longo período; transformações benéficas na organização educacional; realização das metas estabelecidas e alcance dos valores desejados. E seguramente um envolvimento não só de todo o corpo docente e dicente da escola, mas de toda a sociedade, cooperando interagidos na mesma direção, em busca de uma Escola, que apresentará um bom ensino e aprendizagem, onde todos estariam cooperando, e convivendo com todo o respeito que deve caracterizar um ambiente educacional.
Obs. Transcrevo acima, parte do Relatório Final de estágio que realizei e apresentei à UNISUL. Por uma questão de ética, reservo-me o direito de não fornecer o nome do Colégio. O que nada muda, pois a situação da educação no Brasil é geral e se repete em cada escola pública. Que se ouçam os Professores! (N.A)
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