Um pequeno texto sobre um grande escritor, que se despede: Ir José Castellani
(Escrevi este pequeno texto quando da morte do médico e autor de mais de sessenta livros sobre Maçonaria. GOB)
A Maçonaria no Brasil, durante os 40 anos que se passaram, mudou e evoluiu em todos os aspectos.
A tentativa de conhecer o passado, pela investigação e leitura, do que há disponível nas bibliotecas, é uma missão dura e, talvez somente em parte possível, devido as dificuldades à época, forçadas pelo regime de ditadura e rígida censura por parte das autoridades e dos maçons, no que tange a publicações de livros Maçônicos e da nossa própria História.
Temos razões para acreditar que esse panorama, levou os estudos, a pesquisa e a simples leitura, a uma prática pouco comum.
Notem que o primeiro e único livro sobre a História da Maçonaria do Paraná, foi publicado, - diga-se an passant - com rico material demonstrando nossos registros, atas e documentos históricos, somente no ano 2000, pelo escritor paranaense, Irmão Valton Tempski-silka. Que sequer vendeu o número de livros suficientes, para obtenção de lucro.(O Historial da Franco Maçonaria. Livro indicado ao lado)
Motivo que afastou muitos autores das gráficas e das editoras; apesar do grande número de livros, jornais e informativos, que sequer receberam um atestado de boa qualidade, e foram expostos à leitura de Aprendizes, Companheiros e Mestres, quando alguns deveriam ter pelo menos recebido uma tarja de alerta com um aviso do tipo: A Academia Brasileira Maçônica de Letras informa: ESTA LEITURA PODE FAZER MAL À SUA SAÚDE MENTAL.
Felizmente nos últimos anos e atualmente: as Editoras aliadas à autores Maçons de conhecimento e talento devidamente comprovados, os corpos maçônicos com seus Boletins, a tradução de livros franceses e ingleses, a vasta – porém, as vezes temerosa – grande informação nas páginas da Internet, aliado a grande exigência de qualidade no convite e ingresso de novos Maçons, que buscam com responsabilidade o entendimento de nossas tradições, vivenciamos uma Maçonaria crescente e bem preparada para o novo homem que se apresentou no início deste novo Século.
A má notícia é que: tendo já falecido o editor “XICO TROLHA” da revista A TROLHA, a maior da maçonaria do Brasil; faleceu recentemente, no final do ano que passou, seu maior colaborar, e editor de mais de 60 livros sobre Ciência Maçônica, o paulista JOSÉ CASTELLANI, que ao Maçom atento e estudioso, dispensa apresentações.
O que fica agora, além da grande saudade e da vasta literatura impressa, é uma grande e enfática pergunta, feita por todos os obreiros em um único som: QUEM VEM LÁ?
Questão que não podendo ser respondida pelo Ir.´. Exp.´., que seja pelo menos abreviada pelas Editoras brasileiras, a quem cabe a responsabilidade de buscar e selecionar entre os maçons presentes na Maçonaria mundial, autores e escritores, que registrem o presente e movam o futuro da Ciência Maçônica, em direção a plena continuidade e ao crescimento contínuo e sustentado.
E, claro, que continuem a nos dar a emoção e a inspiração, necessária a nossa existência maçônica no interior do Templo e fora dele. (Pro Fanun).
VIDA LONGA! PAZ! E PROSPERIDADE!
(Ilha de Santa Catarina, no verão do ano 5765 da V.´.L.´. )
NOTA.: Perdemos também para o Or.´. Eterno, há pouco tempo, o Ir.´. Octacilio Schuler Sobrinho: economista, bacharel em direito, sociólogo e professor da UFSC. Mestre pela George-town University, de Washington e pela UFSC. Era Past Grão Mestre do Grande Oriente de Santa Catarina. Autor de bons livros sobre o conhecimento maçônico. Leitura indispensável.
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