quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A LIBERDADE E A IGUALDADE.

Os Princípios Maçônicos e o Livro da Lei.

Locke, vê os homens vivendo num “estado de perfeita liberdade, para ordenar suas ações e para dispor de suas posses e pessoas como julguem adequado, dentro dos limites da lei de natureza, sem pedir autorização ou depender da vontade de qualquer outro homem” ( ST, parágrado 4)

Locke descreve a liberdade como o poder de agir sem depender de outrem. E a condiciona também a igualdade, já que um homem, segundo ele, para ser livre tem que ser antes igual.

Porém, os homens devem gozar sua liberdade, preservando-se e respeitando a liberdade de cada um. São livres e iguais, pois são detentores de razão, e assim devem viver acatando a lei da natureza. Pois, acima do direito a liberdade e igualdade devem reverenciar também a lei de Deus.

Segundo Locke, A idéia de igualdade aponta para a idéia de liberdade. Porque também está ligada a indiferenciação de poder, ou seja, conta com reciprocidade de todo o poder e toda jurisdição. Na idéia dessa reciprocidade, Locke, afirma que todas as criaturas da mesma espécie nascem com os mesmos direitos com relação a natureza e que para desfrutarem desta posição são iguais e não subordinadas umas as outras, a não ser por vontade Divina.

Nesta questão, Locke afirma que Deus deu o mundo aos homens, para que dele desfrutassem em igualdade de seus recursos, reservando à cada um os mesmos direitos. A Igualdade na proteção individual, existente na condição natural, é a mesma exercida pelo poder público. Pois para que ela exista, deve ser garantida em um ambiente onde se conte com regras claras e invariáveis.

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John Locke (29 de agosto de 163228 de outubro de 1704), médico, filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, é considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social.

Para saber mais: Locke, Liberdade, Igualdade e Propriedade”,de Rolf Kuntz disponível no seguinte endereço: http://www.iea.usp.br/iea/textos/kuntzlocke.pdf

A tolerância

Locke pode ser considerado como o marco da democracia liberal com a importância dada pelo seu pensamento à idéia de tolerância. Seu pensamento chega até hoje pelo sucesso das democracias liberais que se baseiam nos valores da liberdade e da tolerância. Eles são a base dos direitos humanos como até hoje previstos pelas cartas de direitos. Por tudo isso se pode dizer que os valores defendidos por John Locke são até hoje a base da democracia moderna. http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Locke

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS ?


A avaliação da frase: “Os fins justificam os meios" atribuída à Maquiavel, originou uma idéia distorcida e que vale ainda hoje. Isto se deve ao fato, de ter sido interpretada distante do contexto geral da época em que viveu Maquiavel, período totalmente imerso em uma grande confusão política e social.

Por ter vivenciado ativamente os acontecimentos e percebendo quem era o homem e de que modo ele se comportava, ele detinha idéias claras de como resolver os problemas. Apenas após uma leitura atenta de sua obra, é que se compreendem os seus verdadeiros ensinamentos: em primeiro lugar, ensinava Maquiavel, que se deve procurar definir o resultado que se espera, e somente então, condição sem a qual não pode ser, traçar os planos adequados à situação vigente, elaborados e executados para a boa realização e o bom alcance dos objetivos iniciais, voltados ao bem geral. Um bom exemplo disto se pode ler nas próprias palavras de Maquiavel: Afirmaria que ao Príncipe torna-se necessário saber empregar convenientemente a força e a lei. Para Maquiavel, um príncipe não deve ser essencialmente bom, mas sim parecer que é bom. A bondade para um governante o enfraquece, enquanto a parecença o ajuda a conquistar benefícios” (UNISUL livro Didático, Filosofia da Política I. Pg 23.) Nota-se, que os meios justificados aqui, “parecer bom”, forneceriam a credibilidade necessária ao governante, criando um ambiente de cooperação por parte do povo, na realização dos objetivos desejados. O que nos leva então, ao real entendimento da frase; “os fins justificam os meios”.

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Nicolau Maquiavel, em italiano Niccolò Machiavelli, (Florença, 3 de Maio de 1469 — Florença, 21 de Junho de 1527) foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano doRenascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência políticamoderna, pelo fato de haver escrito sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente. Desde as primeiras críticas, feitas postumamente por um cardeal inglês, as opiniões, muitas vezes contraditórias, acumularam-se, de forma que o adjectivo maquiavélico, criado a partir do seu nome, significa esperteza, astúciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_Maquiavel

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Cético

Clique na imagem para vê-la maior e ler o diálogo

O Cético põe em dúvida a existência de um mundo exterior e toma como locomotiva para alcançar esse intento, em primeiro lugar “o princípio da dúvida hiperbólica” : Ela consiste em deixar de lado a dúvida gerada por uma decisão e não por uma experiência; Em exagerá-la com o objetivo de engrandecer ou diminuir a realidade, para que produza maior impressão e, finalmente, considerar como falso o que antes criou uma dúvida e enganador o que alguma vez enganou.

Em segundo lugar, o cético destaca como primeiro grau da dúvida ,”os argumentos do erro do sentido” , pois são os responsáveis pelo nosso contato com o mundo exterior: a visão, audição, tato, olfato e paladar, agentes de impressões sensoriais, e que portanto, podem iludir, forjar ou causar uma distorção em nossa relação com o mundo, entendido então, como aparente.

O argumento do sonho, segundo grau da dúvida, é de suma autoridade para o cético, pois não são poucas as vezes, que ao acordar de um sonho, o fazemos com a nítida impressão de que, estávamos vivendo a realidade. O que por si, leva a contrapartida dessa sensação que é, também duvidar da impressão de realidade percebida na rotina do dia-a-dia.

Finalmente, Descartes apresenta também em sua Primeira Meditação, o argumento do Cético com base na função do Deus enganador e do Gênio Maligno; assim chamados, porque estão ligados ao campo psicológico, distorcendo fenômenos e atividades mentais, nas relações com o mundo exterior, levando o cético a dúvida extrema.

Obs.: Descartes não era um cético, apenas usou os argumentos do Ceticismo em sua obra, "Meditações de Filosofia Primeira", para demonstrar que não temos como provar existir um mundo exterior a nós.

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René Descartes 31 de março de 1596 11 de fevereiro de 1650), foi filósofo, físico e matemático francês. Notabilizou-se sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria - fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Por fim, ele foi uma das figuras-chave na Revolução Científica.