Um dia, o lobo teve a idéia de mudar sua aparência para conseguir comida de uma forma mais fácil.
Então, vestiu uma pele de cordeiro e saiu para pastar com o resto do rebanho, despistando totalmente o pastor.
“Que é preciso freqüentar as bibliotecas, é certo; convém, com certeza, tornar-se erudito... E depois? Para que exista um depois, isto é, algum futuro que ultrapasse à cópia, saia das bibliotecas e corra para o ar puro"... exponha-se ao sol, à sede, ao deserto. "A lição de Merimée mudará nossa vida: erudito, ele sai e não sai da biblioteca; ... mas, ao anoitecer, desce ao cais do rio, entre tanoeiros e operários ... Descobre sua origem corrente, enuncia o título e desenvolve a realização". ( Serres (1993, p. 71, 3, 8) (UNISUL Metodologia da Pesquisa pg.33):
Esta lição pode ser aplicada a nós maçons. Afinal, freqüentamos o Templo em busca de conhecimento. E não só para isso. Se não vejamos: se compararmos a sua estrutura à de um átomo, o núcleo maçônico apresentará girando ao seu redor três categorias distintas e que serão fundamentais para constituí-lo.
Uma delas é a maçonaria da busca pelo conhecimento: é nesta camada, formada por três graus simbólicos (podendo elevar-se em mais 30 graus) que o maçom estudará, pesquisará, apresentará sínteses/trabalhos e participará de debates; trata-se de uma condição sine qua non para permanecer e evoluir na Ordem Maçônica.
A segunda camada é a da solidariedade: é nesta que o homem-maçom pratica a benevolência, a caridade, a beneficência. São momentos, horas, muitas vezes dias de dedicação e altruísmo.
Finalmente, a terceira camada é a da fraternidade: é nesta que vivem os irmãos em união; é aqui que se acredita ter o SENHOR ordenado a benção e a vida para sempre. (SALMO 133).
Segundo a Lição de Merimée descrita acima, devemos nos tornar eruditos, estudiosos, pensadores livres; mas como ele diz: ...erudito, ele sai e não sai da biblioteca; ... mas, ao anoitecer, desce ao cais do rio, entre tanoeiros e operários ... Descobre sua origem corrente, enuncia o título e desenvolve a realização.
Porque o trabalho de cortar pedras e então, juntá-las para depois comporem as paredes do Templo, erguendo a construção a ser terminada pelos mestres, nunca se fez tão necessário.(ver desabafo do Ir.´.Wilson Filomeno,ex-grão Mestre da Grande Loja de SC e membro da Loja Pedreiros da Liberdade, 79; sobre o desvio de comportamento dos maçons políticos).
Acontece que o iniciado deve obrigatoriamente orbitar nas três camadas. O que se vê é uma distribuição de atividades e esforços diferentes a cada maçom. O que é plausível, já que por afinidade, alguém poderá se dedicar mais a fraternidade e em percentuais menores às outras áreas, e vice-versa.
Pessoalmente, acredito que o problema, se encontre na terceira camada, a da fraternidade, aquela em que vivem os irmãos em união, justamente aquela que acreditamos ter sido abençoada pelo SENHOR. Infelizmente, esta camada é a mais vulnerável, pois se fundamenta no amor, na confiança, e por isto mesmo nas relações ingênuas; Possibilitando que o “lobo de avental de cordeiro” pratique suas ações, livre e impunemente.
Um comentário:
Prezados e Queridos Irmãos,
Penso que pessoas que não deviam estar entre nós infelizmente estão.
Muitos entram na Maçonaria buscando benefícios próprios, o mesmo que acontece em nossa classe Política em quase sua totalidade.
Aquele verdadeiro Maçom que é iniciado, Livre e de Bons Costumes, aquele mesmo que fica maravilhado quando tem acesso a "Luz", muitas vezes acaba se desapontando por exemplos e/ou atitudes incorretas dentro de sua própria Loja, ou por outros Irmãos.
Em outras palavras, os Lobos além de estarem no local errado, acabam por desorientar e enfraquecer aquele verdadeiro Maçom que muitas vezes nem foram iniciados!
Por isso que acredito que de alguma forma, precisamos rever a maneira pela qual levamos alguém para iniciar em nossa Fraternidade - temos sim, que ser muito mais criterioso!
Existe também pessoas que entram em nossa ordem, apesar de negarem é claro, por curiosidade.Estes ao verem nossa ritualística e ensinamentos logo se desapontam e acabam pedindo para sair.
Notem novamente a mesma questão, não deveriam estar lá!
Espero que a Maçonaria separe de forma implacável os Lobos dos Cordeiros.
Fernando Antonio Palu
Mestre Maçom - Eleutério Cunha 57
Ibiporã - PR
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