Este exemplo de negligência no emprego de uma verdade... “...deixa-me na dúvida de saber se é de mais ciência que necessitamos, ou do uso mais integral e honesto daquilo que já conhecemos” (Kruif, 1944, p. 36).
Ontem a noite, ao pedir um desconto na compra de Tiras/Reagentes(fitas que servem para a medição e controle da taxa de glicose no sangue, inseridas no aparelho ao lado) em uma farmácia na cidade de Londrina, ouvi do atendente: “...estas fitas não são consideradas medicamentos, por isto não tem desconto...”.
Fiquei atônito, o medicamento que atua na redução da taxa de glicose recebe um desconto, porém, o instrumento e acessórios, que servirá para indicar se o conjunto de procedimentos (medicamento, dieta e atividade física) está promovendo o controle desejado na Diabetes, não recebe desconto algum e custa muito.
É desnecessário enfatizar, a prioridade que a medicina estabeleceu nos dias de hoje. Todos nós temos conhecimento de que os laboratórios direcionam cada vez mais seus recursos e pesquisas para as “doenças de rico”.
A própria medicina particular, através de suas luxuosas clínicas médicas, ligadas aos Convênios Médicos, cada vez mais caros, exigentes e limitados, se volta para o atendimento aos ricos. Os pobres estão cada vez mais reféns do SUS-SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - oferecido pelo Estado - um sistema sucateado e marcado pelas filas intermináveis, prazos longos de espera e na utilização de corredores no atendimento aos pacientes em função das enfermarias super lotadas; já que os quartos são reservados aos pacientes que pagam seus convênios e aos que arcam com o custo total; o chamado "atendimento particular”.
Esta pequena reflexão repousa na necessidade e nos esforços que se fazem necessários à melhoria desta situação, em que vive a área da Medicina em Geral. É preciso que, além dos interesses financeiros, que se somem à política do maior lucro possível, os interesses sociais, e o valor da vida, com base na ética, na moral e no respeito e amor ao próximo.
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