Os meios de
comunicação e as tecnologias da informação significam para a escola em primeiro
lugar isto: um desafio cultural, que torna visível a distância cada dia maior
entre a cultura ensinada pelos professores e aquela outra aprendida pelos
alunos. Pois os meios não só descentram as formas de transmissão e circulação
do saber como também constituem um decisivo âmbito de socialização através dos
mecanismos de identificação/projeção de estilos de vida, comportamentos,
padrões de gosto. É apenas a partir da compreensão da tecnicidade mediática
como dimensão estratégica da cultura que a escola pode inserir-se nos processos
de mudanças que atravessam a sociedade. (Martin-Barbero, apud CITELLI, 2004, p. 22).
É clara a dissonância cognitiva, cada vez mais
crescente, entre o aluno e o professor. Ou sendo mais específico, entre como o
aluno deseja aprender e como o professor quer, já que faz uso de métodos emergentes da pedagogia tradicional liberal. Considerando-se o
texto de (Martin-Barbero,
apud CITELLI, 2004, p. 22) principalmente quando diz: “É apenas a partir da compreensão da tecnicidade
mediática como dimensão estratégica da cultura que a escola pode inserir-se nos
processos de mudanças que atravessam a sociedade.” É
que se compreende o panorama que se vem formando a partir desta nova cultura.
No inicio, foi a televisão. Ela teve e ainda tem um papel, cuja importância é indiscutível
na formação da cultura do povo brasileiro. Tornou-se um novo membro no seio da
família. Em decorrência do avanço tecnológico, novos “entes queridos” foram se
anexando, não só aos lares como também aos telefones, aos carros, à televisão;
os computadores foram ocupando espaços profissionais, pessoais, sociais e
acadêmicos. E interpretando o que diz Martin-Barbero, devemos mensurar a grandeza de toda essa
tecnologia e prepararmos o ambiente escolar, dimensionando-o dentro da nova
realidade de busca do conhecimento. Em outras palavras, incentivar o uso de
recursos como computadores, tablets, projetores, entre outros, e, utiliza-los como
ferramentas para exercer as pesquisas, reflexões e debates em sala de aula;
Este deve ser o papel da escola: permitir que as tecnologias de informação e
educação facilitem e melhorem a qualidade de aprendizagem e a relação do mestre/aprendiz
na nova medida do aprender a aprender. O que não podemos é agir como a raposa na
Fábula de Esopo(*); A Raposa e as Uvas conta a história de uma raposa que
tenta, sem sucesso, comer um cacho de uvas penduradas em uma vinha alta. Não
conseguindo, afasta-se, dizendo que as uvas estariam verdes. O professor deve
atualizar-se e buscar todo o conhecimento e domínio das tecnologias para possibilitar
a interação desejada nas velhas salas de aula, já que há 200 anos permanecem as
mesmas. E evitar, como a Raposa, por
comodismo e por não querer evoluir, criar desculpas e justificativas
enfadonhas.
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