Capítulo XVIII
FUNDAMENTOS
PARA ENSINAR E APRENDER
SOLIDAMENTE
Eu considero esses fundamentos desenvolvidos na obra
DIDATICA MAGNA (1621 1627) e escritos por Iohannes Amos comenius (1592 à 1670) , ordenados com a educação proposta atualmente pelo sistema escolar brasileiro.
Entretanto, note-se que ao afirmar que os fundamentos estão de acordo, de fato com a educação, é porque, como professor já suspeito que não.
A dúvida leva a essa proposição. Quando se fala então de escola no Brasil, a baixa auto-estima de nosso sistema educacional, já nos leva à desconfiança. Ou seja, acredita-se à priori, de que as Leis e Diretrizes traçadas não devem estar sendo efetivamente praticadas na escola.
Vejamos um exemplo real disto, que narrei na disciplina “Didática”, na caracterização do campo de estágio:
A realidade da escola pública no Brasil é preocupante. E não poderia de ser diferente na escola que escolhi para o estágio supervisionado. Por um lado se as condições físicas do prédio que acomoda a escola são precárias, por outro, a equipe de professores compensa, ou pelos menos, esforça-se para compensar a baixa qualidade das instalações. Falo sobre, paredes desgastadas, pisos danificados, banheiros abandonados, carteiras quebradas(...) Entretanto, voltando a falar dos professores e funcionários da escola, o que se percebe é realmente um envolvimento, aparentemente vocacional, desses mestres da educação que se submetem a 40 horas/aula semanais, por baixos salários e péssimas condições de trabalho. Esta realidade os remete a exercer outras atividades(...)
Como se pode desejar que o professor identificado no estágio descrito - que na vida prática, dedica-se a outras tarefas profissionais, como forma de garantir o complemento de seus rendimentos mensais – se dedique, e que tenha tempo suficiente, para cumprir com excelência os fundamentos acima?
Indico as três condições abaixo, como possíveis ao processo de ensino-aprendizagem atual:
I. Se não se estudar senão assuntos que virão a ser de sólida utilidade.
II. E se todos esses assuntos forem estudados sem os separar
IX. Se todas as coisas forem ordenadas em proporção da inteligência, da memória e da língua.
E justifico:
Na I condição, com a onda pragmática que domina o mundo contemporâneo, e a globalização de produtos e conceitos, o jovem desde muito cedo, já consegue visualizar a aplicação prática de tudo o que vê. Portanto, o professor pode facilmente, fazer uso de recursos tecnológicos de áudio e vídeo e demonstrar claramente a sólida utilidade prática, dos conceitos teóricos que aplicar.
Na II, com o alinhamento de todas as áreas do conhecimento, é inteiramente possível, que os professores inter-relacionem todos os assuntos, estudando-os sem os separar. Por exemplo, aplicar os conteúdos matemáticos da Estatística, na Genética da biologia; para desenhar apenas uma das possibilidades.
Finalmente, justificando a IX condição, há de se lembrar sempre, que a busca do conhecimento, acontece com a interação entre dois pólos, o sujeito e o objeto. E nesta relação, a condição básica, é a capacidade cognitiva do sujeito(aluno) em buscar o objeto(conhecimento). Portanto, as aulas devem manter uma relação fina com a inteligência do aluno, em um ambiente propicio a fomentar seu interesse, alimentando sua memória e principalmente que os educadores, façam uso de uma linguagem adequada à faixa etária e nível cultural da sala.