terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Problema: Um Cerebro na Cuba

Problematização:

1) Considere a situaçao do Mike quanto a impossibilidade de contar o fato a outras pessoas: elas também seriam ficções. Pergunte-se:
Com base em que você acredita na experiência que outras pessoas lhe contam?
Qual a razão para confiar no que eles dizem que aconteceu?
Explique sua resposta:

segunda-feira, 25 de junho de 2012

JUSTIÇA X MEDO. E O JAMES HOLMES?

O Homem pratica a justiça, por medo do castigo?

Analisando caso se responda abruptamente: SIM.
A humanidade estabeleceu muito cedo essa cultura. Desde os primórdios a sociedade se organizou em torno das punições como forma de praticar a justiça. Em um país de formação católica como o Brasil, a situação ainda se agrava; Adquiriu-se através da leitura dos textos das escrituras sagradas, o costume da aplicação do castigo -  principalmente com a morte - a todos aqueles que infringissem a lei: do homem civil, do estado ou de Deus. Na idade média, por exemplo, os relatos históricos dos julgamentos da “santa inquisição”, que terminavam por atear fogo em praça pública, de seus réus, são uma forte evidência. Entretanto, ao pensar, surge outra questão: Se assim é, por que ainda vivemos num mundo repleto de violência? Se deitarmos os olhos apenas por aqui nas Américas, vamos constatar que apesar da pena de morte aplicada pela justiça nos EUA, a sua população carcerária ainda é enorme! E isto coloca em dúvida a afirmação no início do texto. Em outras palavras, o medo da punição, na América do Norte, de ter sua vida arrancada por meio de uma injeção letal, deveria conduzir todo e qualquer americano a não cometer, pelo menos, o crime de homicídio. Contudo, as notícias mostram um aumento agravante deste tipo de delito; vejam o caso "James Holmes". O que nos leva a concluir que, o filósofo grego Platão, estava repleto de razão ao afirmar que a justiça não pode estar fundamentada no medo da punição. Ou seja, para ele não há sentido, de que os homens deixariam de cometer injustiças, por medo dos castigos. A justiça, segundo o filósofo, é norteada pela razão, e não se apoia sobre uma paixão: o medo. Deste modo, parece claro, que as ameaças de castigo e criação de leis, cada vez mais voltadas à punição, não reduzirão os crimes cometidos diariamente em todo o planeta. Pelo contrário, se voltarmos nossa atenção à educação, e a aplicação prática e igual dos direitos humanos e estendê-los a toda humanidade, certamente realizar-se-á o pensamento do filósofo ateniense. Por fim, é a Igualdade, Fraternidade e Solidariedade.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

DIREITO À EDUCAÇÃO!

          A falta de informação causa desconhecimento de direitos, sejam eles da cidadania e do direito à educação, como pretendo abordar neste texto. E, este paradoxo, já que estamos a viver o século da informação, indica que o contexto atual da política neoliberal vigente no Brasil continua a mesma, ou seja, a levar as classes dominantes a utilizar a educação escolar privada como instrumento de preparo de seus alunos para ingressar no mercado; E vou mais longe, prepará-los para o empreendedorismo nesse mercado. Enquanto, cabe a escola pública o preparo da classe popular para o trabalhado servil. Além disto, historicamente e de forma mais explícita durante o regime militar, não se permitiu que o cidadão tivesse acesso ao conhecimento científico e filosófico impedindo que desenvolve-se a capacidade de refletir criticamente.
          Para piorar, ao impedir acesso à informação, de pouco valeu, o princípio de igualdade garantido pela Constituição Federal, já que os preconceitos sempre prevaleceram acima das diferenças sociais, religiosas e da etnia.
          Concluindo e retornando a questão: Por que a escola pública não prepara o aluno para a entrada no mercado de trabalho? Eu penso que ela não prioriza o mercado de trabalho como principal objetivo. Até por que não consegue; ao contrário da escola privada, dita particular, que investe na formação científica de seus alunos de forma intensa e acumulativa, a escola pública se vê obrigada a envolver grande parte de seu tempo na preparação de seus alunos para a cidadania social; ao refletir e buscar há todo momento, o desenvolvimento ético e moral. E, explico: isto se dá em parte, porque o aluno da escola pública muitas vezes vive em famílias desagregadas e de baixa renda, e procura no seio da escola um abrigo para seus desencantos.
          Deste modo, o esforço e investimento dos professores e administradores da escola acabam por dividir o espaço escolar; por um lado, no o ensino do conhecimento científico e, por outro na formação de cidadãos, em grande parte desamparados pelo estado, pela família e pela sociedade.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA! LEMBRA ?


Eu vivi a ditadura militar. Ainda hoje sinto a repressão presente em minha formação. Principalmente aquela aplicada na escola por parte dos professores e diretores e executada pelo exército e polícia Militar que perambulavam ostensivas pelas ruas. (foto ao lado mostra o que acontecia àquele que se esquecia das aulas).
          Mas, também viviam os estudantes e alguns professores que divulgavam a duras penas pelos corredores das escolas e pequenas reuniões furtivas, os antídotos do mal que crescia exponencialmente na sociedade.
Porém, alterando o foco romântico, e nem um pouco saudosista, vou deitar os olhos, sobre o assunto, desta vez sob o ponto de vista histórico.
Nota-se a influência do Positivismo já nos anos de 1870: Um modelo de educação que foi assimilado pelo sistema educacional brasileiro já durante o período Imperial, quando Rui Barbosa passou a defender a idéia que caberia a educação, sobretudo, disciplinar e formar para o trabalho, quando foi instituída nas escolas a educação moral e cívica.( Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 1, Volume ago., Série 21/08, 2010, p.01-10)
Como se lê no trecho pesquisado acima, a “Educação Moral e Cívica” já era posta em prática no século XIX. Mas, em 12 de Setembro de 1969, a Lei 869, estabeleceu como disciplina e prática educativa obrigatória, as aulas de moral e cívica, em todas as escolas brasileiras. A finalidade principal era o fortalecimento da unidade nacional e do sentimento de solidariedade humana e o aprimoramento do caráter. Este apoiado na moral e na dedicação à família e à comunidade. Além disto, o cidadão deveria através da disciplina, ser preparado para o exercício das atividades cívicas, sempre fundamentado na moral, no amor à pátria e na ação construtiva.
Entretanto, contrapondo-se a nobre missão, o que se vivia era o adestramento e catequização das pessoas, através de uma disciplinada relacionada às determinações políticas e econômicas daquela época. As reformas educacionais tinham como fundamento, auxiliar a alcançar os objetivos dos que se encontravam no poder. Em resumo: necessidade do progresso econômico dependente do capital externo e a manutenção do regime militar.
Isto levava a população em geral a ser bombardeada com conteúdos sempre adequados aos desígnios do governo militar. As escolas tentavam permanentemente convencer os estudantes que os militares eram os únicos que poderiam sustentar a democracia e impedir a ameaça do comunismo. No entanto, uma democracia onde não havia espaço para contestação de qualquer natureza.
É claro, que a intenção deveria ser estimular a reflexão do pensamento voltado aos valores éticos e morais. Contudo, a intenção foi distorcida e trocada pelas apresentadas acima. Atualmente, me parece que a missão é mais apropriada a Filosofia. Disciplina arrancada pelas raízes, de todo ensino no Brasil, pelo mesmo governo militar. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ABORDANDO A MATÉRIA DE FILOSOFIA.

  É nítido no FORUM, se iniciar as postagens ou abordar o tema, apontando as formas como um professor não deve limitar a matéria de Filosofia. Quero utilizar este espaço, no melhor formato do Filosofar. Ou seja, refletindo de forma crítica. E ao fazê-lo direciono-me como um autômato a abordagem temática: já que esta é forma de ajeitar a filosofia como um esforço de reflexão sobre problemas, que neste caso em específico, desafia a consciência de cada um de nós, candidatos a professores.
        Assim sendo, pergunto a minha consciência: Por que apontar o contrário do que se quer, para se chegar ao desejável? Observa-se através de uma leitura cuidadosa do mesmo texto: a importância de sistematizar o estudo da Filosofia, de se observar os registros da cultura e da evolução do pensamento humano, de se refletir filosoficamente sobre as idéias de cada pensador e de como é o caso aqui, da reflexão crítica aplicada a temas/problemas apresentados na vida prática de cada aluno.
        Em outras palavras, às vezes me parece estar a ler, que discutir, por exemplo, o programa apresentado pela rede Globo de televisão, “Big Brother”,  pode levar os alunos a vivenciar o verdadeiro filosofar. Essa abordagem temática por si só é ingênua. Somente será um forte instrumento se sobre ele o mediador se debruçar inteiramente na soma das diferentes abordagens: A Sistemática, Histórica, Textual e Temática. Não há outra forma.
        Concluindo, se for possível, que se aclame o mediador e o estudante em contrapartida ao professor e aluno. Que se fale e se escreva apenas a partir da idéia dos dois primeiros e se sepulte definitivamente, no tempo, os outros dois. E a partir daí, se iniciar uma caminhada de busca do entendimento na abordagem a Matéria de Filosofia.  

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A RAPOSA E AS UVAS


Os meios de comunicação e as tecnologias da informação significam para a escola em primeiro lugar isto: um desafio cultural, que torna visível a distância cada dia maior entre a cultura ensinada pelos professores e aquela outra aprendida pelos alunos. Pois os meios não só descentram as formas de transmissão e circulação do saber como também constituem um decisivo âmbito de socialização através dos mecanismos de identificação/projeção de estilos de vida, comportamentos, padrões de gosto. É apenas a partir da compreensão da tecnicidade mediática como dimensão estratégica da cultura que a escola pode inserir-se nos processos de mudanças que atravessam a sociedade. (Martin-Barbero, apud CITELLI, 2004, p. 22).

É clara a dissonância cognitiva, cada vez mais crescente, entre o aluno e o professor. Ou sendo mais específico, entre como o aluno deseja aprender e como o professor quer, já que faz uso de métodos emergentes da pedagogia tradicional liberal. Considerando-se o texto de (Martin-Barbero, apud CITELLI, 2004, p. 22) principalmente quando diz: “É apenas a partir da compreensão da tecnicidade mediática como dimensão estratégica da cultura que a escola pode inserir-se nos processos de mudanças que atravessam a sociedade.”  É que se compreende o panorama que se vem formando a partir desta nova cultura. No inicio, foi a televisão. Ela teve e ainda tem um papel, cuja importância é indiscutível na formação da cultura do povo brasileiro. Tornou-se um novo membro no seio da família. Em decorrência do avanço tecnológico, novos “entes queridos” foram se anexando, não só aos lares como também aos telefones, aos carros, à televisão; os computadores foram ocupando espaços profissionais, pessoais, sociais e acadêmicos. E interpretando o que diz Martin-Barbero, devemos mensurar a grandeza de toda essa tecnologia e prepararmos o ambiente escolar, dimensionando-o dentro da nova realidade de busca do conhecimento. Em outras palavras, incentivar o uso de recursos como computadores, tablets, projetores, entre outros, e, utiliza-los como ferramentas para exercer as pesquisas, reflexões e debates em sala de aula; Este deve ser o papel da escola: permitir que as tecnologias de informação e educação facilitem e melhorem a qualidade de aprendizagem e a relação do mestre/aprendiz na nova medida do aprender a aprender. O que não podemos é agir como a raposa na Fábula de Esopo(*); A Raposa e as Uvas conta a história de uma raposa que tenta, sem sucesso, comer um cacho de uvas penduradas em uma vinha alta. Não conseguindo, afasta-se, dizendo que as uvas estariam verdes. O professor deve atualizar-se e buscar todo o conhecimento e domínio das tecnologias para possibilitar a interação desejada nas velhas salas de aula, já que há 200 anos permanecem as mesmas. E evitar, como a Raposa, por comodismo e por não querer evoluir, criar desculpas e justificativas enfadonhas. 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

REFLETIR! SE DEBRUÇAR SOBRE O QUE PASSOU!



     Refletindo neste final de ano, percebi que reaprendi em 2011, como a tolerância pode servir de fonte para o amor e como este amor poderá auxiliar na vida. 

       Também reaprendi que, a virtude apresenta-se como um bom instrumento para a evolução, pois ela é servil, tanto para o presente quanto para o futuro.

         Em minhas introspecções, produtos de meus estudos, leituras e vida prática, concluí que nossos atributos morais, podem se tornar uma fonte de felicidade e que portanto devem ser trabalhados e desenvolvidos no nosso dia-a-dia.

         Durante o exercício constante  do “nosce te ipsum” (conhece-te a ti mesmo), como queria o filósofo grego Sócrates, passei a entender melhor o próximo, que afinal, é o meu próprio reflexo no espelho humano. 

         Reaprendi que é possível ter e alcançar um bom ano, a partir do amor que temos pela esposa, filhos, amigos, irmãos, familiares e do outro... Isto faz do AMOR, uma fonte de felicidade real e duradoura para a nossa vida e portanto, deve ser exercido como tal. 

         Para o filósofo grego Aristóteles, a felicidade não está ligada a posse de um bem, é apenas uma alegria aparente e momentânea, já que desaparece quando perdemos o objeto que desejávamos ou simplesmente quando nos acostumamos com a posse dele. A felicidade para ele está ligada à virtude, e ele ensinava por virtude, uma ação prática, que seria a forma mais plena da excelência moral. 

         Neste ano de 2012, vamos considerar o AMOR como base de nossa vida e a VIRTUDE como fonte de nossa felicidade, única possibilidade de se obter:

PAZ, SAÚDE, VIDA LONGA E PROSPERIDADE!

É de novo o meu desejo para você e sua família!

AMOR FATI.
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Sócrates ( 469399 a.C.), foi um filósofo ateniense, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos fundadores da atual Filosofia Ocidental. 
Aristóteles,  nasceu em Estagira, na Calcídica (384 a.C. - 322 a.C.). Filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, é considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos e criador do pensamento lógico.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

OS VALORES "BOM" E "MAL"!




         É Natal! Outra vez é Natal! Este ano, até os pregadores estão gritando que é uma mentira. É isso mesmo. Foi ontem no início da noite, quando caminhava pelo calçadão de Londrina. Lá estava um pregador cristão armado de uma bíblia e de um microfone de lapela, gritando que a festa de nascimento do seu cristo erra um erro. Deveria ser comemorado no mês de Março! Gritava ele.  
        
         Contudo, eeligiosidade e diferenças a parte, o que importa na verdade,  é que esta época é de Paz e Fraternidade. Bem representada para todos de um modo geral, na figura do Papai Noel. Afinal ele só quer distribuir balas e risadas. O gordo de barbas e cabelos brancos retrata bem o verdadeiro espírito natalino: O BOM VELHINHO ! Mas, que bom é esse. Trata-se do contrário de mal?  Ou, de ruim?

         Os valores "Bom" e "Mau" na visão do filósofo alemão Friedrich Nietzsch, ou simplesmente Nitzmostra-se traçado em dose dupla nos valores "bem" e "mal". E ele os mostra, dividindo os homens em dois tipos: o  “Forte” e o “Fraco”.

         Em resumo, o “fraco” imagina em primeiro lugar a ideia de "mau". E assim ele qualifica os nobres, os corajosos, os valentes.  Enfim, todos aqueles que se apresentam mais fortes do que ele.
  
         Em seguida, partindo dessa ideia que ele faz de "mau", define o que considera o contrário, ou seja, o "bom".  E esse “bom” ele toma para si mesmo. Passa a se considerar e se chamar de “bom”.  

         O homem forte, entretanto, imagina prontamente a ideia de "bom" para  si mesmo e então, cria posteriormente  a ideia de "ruim". Desta forma, o forte, considera o "ruim" apenas como uma concepção acessória.  Por exemplo, aquele homem é um atleta ruim, não é eficiente em seu esporte. Ao contrário de "mau", que é aquele jogador violento no jogo.

         No entanto para o fraco, "mau" é o principio da sua criação, que funda a sua moral. Vale lembrar que esta moral, na visão do filósofo, é criada a partir dos ressentidos.  Porque o fraco só se sente firme negando o que avalia como sendo a representação do seu contrário.

         Resumindo, o outro, o forte é o “mau”! Ele, o ‘fraco”, é o “bom”. Ideia mais cristã impossível. Por isto mesmo deve ser lançada nas águas de Março. Nisso concordo com o pregador do calçadão.

         Destarte, veja por outro ponto de vista, a diferença de “simples” e “humilde”. Conheço homens que se dizem “simples”.  No entanto, é apenas uma desculpa para suas grosserias.  Por exemplo, ele convida alguém para ir à sua casa e  durante a visita oferece um café.  Em função da diabetes, o convidado aceita, entretanto, pede:

           Por gentileza, sem açúcar.                            
              E o "simplão", dispara a queima roupa:
           Larga de frescuraVai tomar assim mesmo!

         E caso ele recuse a tomar o café e ingerir aquela glicose toda, jamais receberá outro convite. Imagine então, se o convidado recusar um copo de cerveja, declarando ser alcoólico... Procure observar que ao contrário dele, o humilde, tenta saber com antecedência se o seu convidado, é portador de qualquer problema de saúde e prepara-se com inteligência para recebê-lo. 

         Isso é o respeito que predomina no “forte”.  A simplicidade reflete mais os ressentimentos do “fraco”. Vamos refletir sobre isto, respeitar as diferenças e com HUMILDADE fazer um FELIZ NATAL !


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

IDADE DAS TREVAS ? (2)

Há de se perguntar as Universidades, Tem razão, o leitor que comentou. O texto anterior leva a este: Todavia, devemos rever pela investigação, a imagem que temos desse período. A conotação pejorativa de medieval: atraso, obscurantismo, fanatismo religioso, imobilismo, irracionalidade, idade das “trevas”, toma nova forma quando se se separam os contextos: Teológico, ideológico e filosófico. Pelo teológico, percebe-se que este período de mil anos, sofreu um forte domínio pelo pensamento religioso; Porém, foi marcado pelas transformações e ao contrário do que se pensa, não causou o desaparecimento da filosofia, já que houve uma forte tentativa conciliatória entre fé e razão. Por conseguinte, este movimento acabou criando um meio ambiente propício a criação ideológica e às produções intelectuais, pois houve um grande esforço por parte da administração da Igreja, em aproximar o conhecimento racional dos gregos aos dogmas da fé cristã, que marcou definitivamente o pensamento humano.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DIDATICA MAGNA - COMENIUS

Capítulo XVIII
FUNDAMENTOS
PARA ENSINAR E APRENDER
SOLIDAMENTE

Eu considero esses fundamentos desenvolvidos na obra DIDATICA MAGNA (1621 1627) e escritos por Iohannes Amos comenius (1592 à 1670) ,  ordenados com a educação proposta atualmente pelo sistema escolar brasileiro.

Entretanto, note-se que ao afirmar que os fundamentos estão de acordo, de fato com a educação, é porque, como professor já suspeito que não.

A dúvida leva a essa proposição. Quando se fala então de escola no Brasil, a baixa auto-estima de nosso sistema educacional, já nos leva à desconfiança. Ou seja, acredita-se à priori, de que as Leis e Diretrizes traçadas não devem estar sendo efetivamente praticadas na escola.

Vejamos um exemplo real disto, que narrei na disciplina “Didática”, na caracterização do campo de estágio:

A realidade da escola pública no Brasil é preocupante. E não poderia de ser diferente na escola que escolhi para o estágio supervisionado. Por um lado se as condições físicas do prédio que acomoda a escola são precárias, por outro, a equipe de professores compensa, ou pelos menos, esforça-se para compensar a baixa qualidade das instalações. Falo sobre, paredes desgastadas, pisos danificados, banheiros abandonados, carteiras quebradas(...)  Entretanto, voltando a falar dos professores e funcionários da escola, o que se percebe é realmente um envolvimento, aparentemente vocacional, desses mestres da educação que se submetem a 40 horas/aula semanais, por baixos salários e péssimas condições de trabalho. Esta realidade os remete a exercer outras atividades(...)
 
Como se pode desejar que o professor identificado no estágio descrito - que na vida prática, dedica-se a outras tarefas profissionais, como forma de garantir o complemento de seus rendimentos mensais – se dedique, e que tenha tempo suficiente, para cumprir com excelência os fundamentos acima?

​Indico as três condições abaixo, como possíveis ao processo de ensino-aprendizagem atual:
 
I. Se não se estudar senão assuntos que virão a ser de sólida utilidade.
II. E se todos esses assuntos forem estudados sem os separar
IX. Se todas as coisas forem ordenadas em proporção da inteligência, da memória e da língua.

E justifico:
Na I condição, com a onda pragmática que domina o mundo contemporâneo, e a globalização de produtos e conceitos, o jovem desde muito cedo, já consegue visualizar a aplicação prática de tudo o que vê. Portanto, o professor pode facilmente, fazer uso de recursos tecnológicos de áudio e vídeo e demonstrar claramente a sólida utilidade prática, dos conceitos teóricos que aplicar.

Na II, com o alinhamento de todas as áreas do conhecimento, é inteiramente possível, que os professores inter-relacionem todos os assuntos, estudando-os sem os separar. Por exemplo, aplicar os conteúdos matemáticos da Estatística, na Genética da biologia; para desenhar apenas uma das possibilidades.

Finalmente, justificando a IX condição, há de se lembrar sempre, que a busca do conhecimento, acontece com a interação entre dois pólos, o sujeito e o objeto. E nesta relação, a condição básica, é a capacidade cognitiva do sujeito(aluno) em buscar o objeto(conhecimento). Portanto, as aulas devem manter uma relação fina com a inteligência do aluno, em um ambiente propicio a fomentar seu interesse, alimentando sua memória e principalmente que os educadores, façam uso de uma linguagem adequada à faixa etária e nível cultural da sala.
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Jan Amos Komenský (em latim, Comenius; em português, Comênio) (28 de março de 1592 - 15 de Novembro de 1670 (78 anos)) foi um professor, cientista e escritor checo, considerado o fundador da Didáctica Moderna.  Propôs um sistema articulado de ensino, reconhecendo o igual direito de todos os homens ao saber.