quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

REFLETIR! SE DEBRUÇAR SOBRE O QUE PASSOU!



     Refletindo neste final de ano, percebi que reaprendi em 2011, como a tolerância pode servir de fonte para o amor e como este amor poderá auxiliar na vida. 

       Também reaprendi que, a virtude apresenta-se como um bom instrumento para a evolução, pois ela é servil, tanto para o presente quanto para o futuro.

         Em minhas introspecções, produtos de meus estudos, leituras e vida prática, concluí que nossos atributos morais, podem se tornar uma fonte de felicidade e que portanto devem ser trabalhados e desenvolvidos no nosso dia-a-dia.

         Durante o exercício constante  do “nosce te ipsum” (conhece-te a ti mesmo), como queria o filósofo grego Sócrates, passei a entender melhor o próximo, que afinal, é o meu próprio reflexo no espelho humano. 

         Reaprendi que é possível ter e alcançar um bom ano, a partir do amor que temos pela esposa, filhos, amigos, irmãos, familiares e do outro... Isto faz do AMOR, uma fonte de felicidade real e duradoura para a nossa vida e portanto, deve ser exercido como tal. 

         Para o filósofo grego Aristóteles, a felicidade não está ligada a posse de um bem, é apenas uma alegria aparente e momentânea, já que desaparece quando perdemos o objeto que desejávamos ou simplesmente quando nos acostumamos com a posse dele. A felicidade para ele está ligada à virtude, e ele ensinava por virtude, uma ação prática, que seria a forma mais plena da excelência moral. 

         Neste ano de 2012, vamos considerar o AMOR como base de nossa vida e a VIRTUDE como fonte de nossa felicidade, única possibilidade de se obter:

PAZ, SAÚDE, VIDA LONGA E PROSPERIDADE!

É de novo o meu desejo para você e sua família!

AMOR FATI.
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Sócrates ( 469399 a.C.), foi um filósofo ateniense, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos fundadores da atual Filosofia Ocidental. 
Aristóteles,  nasceu em Estagira, na Calcídica (384 a.C. - 322 a.C.). Filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, é considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos e criador do pensamento lógico.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

OS VALORES "BOM" E "MAL"!




         É Natal! Outra vez é Natal! Este ano, até os pregadores estão gritando que é uma mentira. É isso mesmo. Foi ontem no início da noite, quando caminhava pelo calçadão de Londrina. Lá estava um pregador cristão armado de uma bíblia e de um microfone de lapela, gritando que a festa de nascimento do seu cristo erra um erro. Deveria ser comemorado no mês de Março! Gritava ele.  
        
         Contudo, eeligiosidade e diferenças a parte, o que importa na verdade,  é que esta época é de Paz e Fraternidade. Bem representada para todos de um modo geral, na figura do Papai Noel. Afinal ele só quer distribuir balas e risadas. O gordo de barbas e cabelos brancos retrata bem o verdadeiro espírito natalino: O BOM VELHINHO ! Mas, que bom é esse. Trata-se do contrário de mal?  Ou, de ruim?

         Os valores "Bom" e "Mau" na visão do filósofo alemão Friedrich Nietzsch, ou simplesmente Nitzmostra-se traçado em dose dupla nos valores "bem" e "mal". E ele os mostra, dividindo os homens em dois tipos: o  “Forte” e o “Fraco”.

         Em resumo, o “fraco” imagina em primeiro lugar a ideia de "mau". E assim ele qualifica os nobres, os corajosos, os valentes.  Enfim, todos aqueles que se apresentam mais fortes do que ele.
  
         Em seguida, partindo dessa ideia que ele faz de "mau", define o que considera o contrário, ou seja, o "bom".  E esse “bom” ele toma para si mesmo. Passa a se considerar e se chamar de “bom”.  

         O homem forte, entretanto, imagina prontamente a ideia de "bom" para  si mesmo e então, cria posteriormente  a ideia de "ruim". Desta forma, o forte, considera o "ruim" apenas como uma concepção acessória.  Por exemplo, aquele homem é um atleta ruim, não é eficiente em seu esporte. Ao contrário de "mau", que é aquele jogador violento no jogo.

         No entanto para o fraco, "mau" é o principio da sua criação, que funda a sua moral. Vale lembrar que esta moral, na visão do filósofo, é criada a partir dos ressentidos.  Porque o fraco só se sente firme negando o que avalia como sendo a representação do seu contrário.

         Resumindo, o outro, o forte é o “mau”! Ele, o ‘fraco”, é o “bom”. Ideia mais cristã impossível. Por isto mesmo deve ser lançada nas águas de Março. Nisso concordo com o pregador do calçadão.

         Destarte, veja por outro ponto de vista, a diferença de “simples” e “humilde”. Conheço homens que se dizem “simples”.  No entanto, é apenas uma desculpa para suas grosserias.  Por exemplo, ele convida alguém para ir à sua casa e  durante a visita oferece um café.  Em função da diabetes, o convidado aceita, entretanto, pede:

           Por gentileza, sem açúcar.                            
              E o "simplão", dispara a queima roupa:
           Larga de frescuraVai tomar assim mesmo!

         E caso ele recuse a tomar o café e ingerir aquela glicose toda, jamais receberá outro convite. Imagine então, se o convidado recusar um copo de cerveja, declarando ser alcoólico... Procure observar que ao contrário dele, o humilde, tenta saber com antecedência se o seu convidado, é portador de qualquer problema de saúde e prepara-se com inteligência para recebê-lo. 

         Isso é o respeito que predomina no “forte”.  A simplicidade reflete mais os ressentimentos do “fraco”. Vamos refletir sobre isto, respeitar as diferenças e com HUMILDADE fazer um FELIZ NATAL !


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

IDADE DAS TREVAS ? (2)

Há de se perguntar as Universidades, Tem razão, o leitor que comentou. O texto anterior leva a este: Todavia, devemos rever pela investigação, a imagem que temos desse período. A conotação pejorativa de medieval: atraso, obscurantismo, fanatismo religioso, imobilismo, irracionalidade, idade das “trevas”, toma nova forma quando se se separam os contextos: Teológico, ideológico e filosófico. Pelo teológico, percebe-se que este período de mil anos, sofreu um forte domínio pelo pensamento religioso; Porém, foi marcado pelas transformações e ao contrário do que se pensa, não causou o desaparecimento da filosofia, já que houve uma forte tentativa conciliatória entre fé e razão. Por conseguinte, este movimento acabou criando um meio ambiente propício a criação ideológica e às produções intelectuais, pois houve um grande esforço por parte da administração da Igreja, em aproximar o conhecimento racional dos gregos aos dogmas da fé cristã, que marcou definitivamente o pensamento humano.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DIDATICA MAGNA - COMENIUS

Capítulo XVIII
FUNDAMENTOS
PARA ENSINAR E APRENDER
SOLIDAMENTE

Eu considero esses fundamentos desenvolvidos na obra DIDATICA MAGNA (1621 1627) e escritos por Iohannes Amos comenius (1592 à 1670) ,  ordenados com a educação proposta atualmente pelo sistema escolar brasileiro.

Entretanto, note-se que ao afirmar que os fundamentos estão de acordo, de fato com a educação, é porque, como professor já suspeito que não.

A dúvida leva a essa proposição. Quando se fala então de escola no Brasil, a baixa auto-estima de nosso sistema educacional, já nos leva à desconfiança. Ou seja, acredita-se à priori, de que as Leis e Diretrizes traçadas não devem estar sendo efetivamente praticadas na escola.

Vejamos um exemplo real disto, que narrei na disciplina “Didática”, na caracterização do campo de estágio:

A realidade da escola pública no Brasil é preocupante. E não poderia de ser diferente na escola que escolhi para o estágio supervisionado. Por um lado se as condições físicas do prédio que acomoda a escola são precárias, por outro, a equipe de professores compensa, ou pelos menos, esforça-se para compensar a baixa qualidade das instalações. Falo sobre, paredes desgastadas, pisos danificados, banheiros abandonados, carteiras quebradas(...)  Entretanto, voltando a falar dos professores e funcionários da escola, o que se percebe é realmente um envolvimento, aparentemente vocacional, desses mestres da educação que se submetem a 40 horas/aula semanais, por baixos salários e péssimas condições de trabalho. Esta realidade os remete a exercer outras atividades(...)
 
Como se pode desejar que o professor identificado no estágio descrito - que na vida prática, dedica-se a outras tarefas profissionais, como forma de garantir o complemento de seus rendimentos mensais – se dedique, e que tenha tempo suficiente, para cumprir com excelência os fundamentos acima?

​Indico as três condições abaixo, como possíveis ao processo de ensino-aprendizagem atual:
 
I. Se não se estudar senão assuntos que virão a ser de sólida utilidade.
II. E se todos esses assuntos forem estudados sem os separar
IX. Se todas as coisas forem ordenadas em proporção da inteligência, da memória e da língua.

E justifico:
Na I condição, com a onda pragmática que domina o mundo contemporâneo, e a globalização de produtos e conceitos, o jovem desde muito cedo, já consegue visualizar a aplicação prática de tudo o que vê. Portanto, o professor pode facilmente, fazer uso de recursos tecnológicos de áudio e vídeo e demonstrar claramente a sólida utilidade prática, dos conceitos teóricos que aplicar.

Na II, com o alinhamento de todas as áreas do conhecimento, é inteiramente possível, que os professores inter-relacionem todos os assuntos, estudando-os sem os separar. Por exemplo, aplicar os conteúdos matemáticos da Estatística, na Genética da biologia; para desenhar apenas uma das possibilidades.

Finalmente, justificando a IX condição, há de se lembrar sempre, que a busca do conhecimento, acontece com a interação entre dois pólos, o sujeito e o objeto. E nesta relação, a condição básica, é a capacidade cognitiva do sujeito(aluno) em buscar o objeto(conhecimento). Portanto, as aulas devem manter uma relação fina com a inteligência do aluno, em um ambiente propicio a fomentar seu interesse, alimentando sua memória e principalmente que os educadores, façam uso de uma linguagem adequada à faixa etária e nível cultural da sala.
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Jan Amos Komenský (em latim, Comenius; em português, Comênio) (28 de março de 1592 - 15 de Novembro de 1670 (78 anos)) foi um professor, cientista e escritor checo, considerado o fundador da Didáctica Moderna.  Propôs um sistema articulado de ensino, reconhecendo o igual direito de todos os homens ao saber.

IDADE DAS TREVAS ?

Há de se Perguntar às Universidades!   ​

A Idade média ocorre em um período marcado pela forte influência da Igreja. A sociedade era divida em: Clero, os cultos e proprietários de imóveis e áreas de terra, oriundas de doações de reis aos conventos. E estes exerciam a religiosidade sobre a sociedade.

A classe guerreira era formada pela nobreza, que detinha também propriedades de terras, porém, recebidas por hereditariedade. E finalmente, os trabalhadores, servos, que formavam a maioria da população. ​

Quanto à ordem social e política, predominava o sistema do feudalismo baseado no sistema servil. A economia era de subsistência e se baseava no escambo. ​No que diz respeito à religião, a católica continha todo panorama religioso.

A igreja influenciava toda a sociedade, quer na forma de pensar, quer no comportamento:  Ao ponto de castigar àqueles que contrariassem seus dogmas, com o fogo da inquisição. Além disto, detinham um amplo poder econômico, exercido através da posse de inúmeras terras. ​

O ensino, inicialmente, era ministrado por sacerdotes em suas próprias casas. Em seguida ofertado nas igrejas, restrito à educação cristã. ​Apesar de ter herdado o título de “idade das trevas” caracterizada pela obscuridade e total atraso cultural, comercial..., foi neste período que houve a criação das Universidades, do parlamento, Tribunal com júri, e desenvolvimento de ciências como a Matemática, geografia... ​

Assim, as universidades surgiram pela grande necessidade de formar e capacitar profissionais para fazer frente às transformações sociais que ocorriam à época.  Eeste é apenas um dos pontos a ser reavaliado...

PREPARAR PARA O MERCADO!


A Tendência Liberal Tradicional caracteriza-se fundamentalmente por uma escola que tenta cumprir a função de preparar os alunos em dois aspectos importantes na formação do cidadão: O moral e o intelectual. Preparando o aluno dentro dos princípios morais, ou seja, ensinando-lhes os bons costumes, espera-se que ele adentre a sociedade e que viva entre seus iguais, respeitando os valores e conceitos existentes na vida prática de seus concidadãos. Desta forma haveria um convívio alicerçado na liberdade religiosa, política, racial e social...
Por outro lado, o conhecimento transmitido, ensinado, seria o mesmo para todos. O que diferenciaria um individuo do outro, seria o esforço pessoal. Desta forma, caberia a cada um, buscar o conhecimento e aplicá-lo em sua vida profissional, garantindo seu lugar como um homem capaz.
Em caso negativo, vendo suas tentativas frustradas, deve procurar o ensino profissionalizante.
Já o objetivo da escola na tendência liberal renovada progressivistaé a de ajustar as necessidades do cidadão à sociedade. Em outras palavras, educar o individuo para que estabeleça uma harmonia com o meio social onde vive. Esta harmonia teria como resultado suas necessidades específicas suprimidas no ambiente social. A escola deveria cumprir sua missão de educadora, inter-relacionando o sujeito (aluno) com o objeto (conhecimento).Isto nesta escola seria realizado, construindo e reconstruindo o conhecimento, e a capacidade de conhecer do aluno, objetivando uma perfeita interação entre esta capacidade nata ao cidadão, porém desenvolvida pela escola e aplicado a estrutura do ambiente.
Para que a organização social funcione de forma harmônica, a escola na tendência liberal tecnicista age por meio de técnicas específicas. Isto significa dizer, que o indivíduo seria integrado à sociedade, tendo seu desempenho humano, moldado para ajustar-se à máquina e seus sistemas no mundo social e globalizado.
A escola passa a se voltar para que o aluno busque o conhecimento com base no pragmatismo. Em outras palavras, conhecimentos úteis, necessários e de aplicação prática. Deste modo, as ciências, princípios, leis... enfim, o conhecimento seria proveitoso aos alunos que, os empregaria com o objetivo de transformá-los em indivíduos capazes e competentes para o mercado trabalho.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

RECEITA DE ALFABETIZAÇÃO

Pegue uma criança de seis anos e lave-a bem. Enxugue-a com cuidado e envolva-a num uniforme, colocando-a sentadinha numa sala de aula. Nas oito primeiras semanas, alimenta-a com exercícios de prontidão. Na nona semana, ponha uma cartilha nas mãos da criança, mas tome cuidado para que ela não se contamine no contato com os livros, jornais, revistas e outros perigosos materiais impressos. Abra a boca da criança e faça com que ela engula as vogais. Quando as tiver digerido, mande-a mastigar, uma a uma, as palavrinhas da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada no mínimo sessenta vezes, como na alimentação macrobiótica. Se houver dificuldade para engolir, separe as palavras em pedacinhos.

Mantenha a criança em banho-maria durante quatro meses, fazendo exercícios de cópia. Em seguida, faça com que ela ingira algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar. Ao fim do oitavo mês, espete a criança com um palito, ou melhor, aplique uma prova de leitura e verifique se ela devolve pelo menos, 70% das palavras e frases engolidas. Se isto acontecer, considere a criança alfabetizada. Enrole-a num bonito papel de presente e despache-a para série seguinte.

Se a criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é, volte aos exercícios de prontidão. Página 3 de 4. Repita a receita quantas vezes forem necessárias. Ao fim de três anos, embrulhe a criança em papel pardo e coloque um rótulo:  aluno renitente.

Fonte: CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e Letrar: um diálogo entre a
teoria e a prática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. p.132-133.
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

UM CAMINHO EM QUE HÁ MUITAS PEDRAS!


           Ontem conversando com um blogueiro profissional, ele me disse que o “negócio” por aqui é postar nossas opiniões abertamente. Então vamos lá: 

          Uma amiga minha, pedagoga em uma escola pública, irritou-se com um estagiário de jornalismo que publicou uma entrevista que deu no dia dos professores. Ela explica que o entrevistador alterou e acrescentou coisas que não disse. Por exemplo o uso da palavra "pedregoso". 
          Aí vai, pela primeira vez, minha opinião informal, escrita sem muita preocupação, para a minha querida amiga:    
           "Pedregoso" é bom! Significa; “um caminho em que há muitas pedras”. E, você poderá utilizá-las da seguinte forma:
          Uma você atira no professor. Naquele que não consegue navegar na onda pragmática que domina o mundo contemporâneo, e nem tão pouco na globalização do conhecimento.           Pois é nesse panorama, que o jovem desde muito cedo, já consegue visualizar a aplicação prática de tudo o que vê. E é aí que o “cabeçudo” do professor, faz jus à pedrada. Já que não faz uso de recursos tecnológicos de áudio e vídeo, para demonstrar claramente a sólida utilidade prática, dos conceitos teóricos que aplica no quadro-verde(?).
          A segunda pedra vai diretamente para a cabeça do governador do Estado. Sim, na dele, porque é ele que não equipa a escola pública com os recursos tratados acima.

Ou então, a pedrada será pelo fato do Estado insistir em administrar a educação da forma incompetente que faz. 

          Exceção feita, caso ele seja um neoliberal; Neste caso, deve abdicar da missão de educar, cair fora e abrir espaço para a iniciativa privada. E aí! Bom, e aí vamos atirar esta pedra em outras cabeças: as nossas, (mas isto é para pensar outro dia).

          A terceira pedra será lançada nas asas da nossa reflexão.  Reflexão esta, de ordem crítica, realizada a partir do entendimento de que a busca do saber, acontece com a interação entre dois pólos, o sujeito e o objeto.

          E vale ressaltar que a condição básica para essa relação existir, reside na capacidade cognitiva do sujeito(aluno) em buscar o objeto(saber,conhecimento).

          Em outras palavras, para que este encantamento se realize, as aulas devem manter uma relação fina com a inteligência do aluno, em um ambiente fértil e que necessariamente fomente o seu interesse, alimente a sua memória, e o leve a pesquisa, reflexão e debate.

          E, resumidamente, que os facilitadores, façam uso de uma linguagem adequada ao meio educacional, respeitando as diferenças raciais, sexuais, físicas, religiosas... Enfim, que interatuem com cada um dos alunos, percebendo-os como iguais e, principalmente como estudantes e futuros cidadãos.

          A quarta, bom, a quarta, querida pedagoga, vai para o aprendiz de jornalista. Porém, não na cabeça. Nem atirada. Vamos entregar para ele, amarrada a uma pequena corda. E sugerir que carregue no pescoço. O peso deve lembrá-lo sempre da responsabilidade de sua profissão. Para que não se torne mais um jornalista imbecil, parcial, preguiçoso e burro como alguns que se apresentam todos os dias, na imprensa brasileira.

As outras pedras? Bom as outras vamos guardar. Afinal nunca se sabe o dia de amanhã!

E não me venham com aquela: “Quem nunca errou que atire a...”


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

FILOSOFIA NAS EXPRESSÕES POPULARES!



A Filosofia, o amor pela sabedoria ou saber, é o estudo de questões relacionadas à vida, ao conhecimento, à busca pela verdade, pela moral, pela ética; Enfim, pelo entendimento do mundo e de nossas relações com ele.

Entretanto, todo esse estudo tem como base a razão. Isto significa dizer que, ao utilizar o racionalismo, quando aborda estas questões, a filosofia toma um caminho diferente de outras áreas como é o caso da religião e a da mitologia. 

Por outro lado, também se diferencia da ciência, por não utilizar em suas investigações o empirismo, característico das experiências científicas.

Assim, vamos analisar, sob esta ótica, o conceito de Filosofia quando da utilização nas expressões populares, vejamos o exemplo:
Quando o técnico de futebol diz:
 – Bem, a filosofia do nosso time é a seguinte(...)
Ele se refere aos conceitos e valores atribuídos a forma de ser do time dirigido por ele. Em outras palavras, a técnica delineada por ele para o jogo que, segundo sua visão, poderá levá-los à vitória.
Contudo, o jogo de futebol é um esporte caracterizado pela total falta de lógica, prevalecendo o fator “sorte” na determinação do resultado. Os fatores que levam um time à vitória ou a derrota, são muitas vezes, externos à vontade do técnico e de seus jogadores. Portanto, se entendemos a filosofia como: o estudo das coisas com base na razão; devemos entender a fala do técnico, apenas como uma forma de expressão lingüística.
      Deste modo, também em outras expressões populares, como o político que diz:  - A Filosofia do meu partido é(...), ou - Minha Filosofia de vida é(...). A utilização da “palavra” filosofia, tem apenas a intenção de explicar, dar sentido, traduzir oralmente os conceitos e os valores do assunto que se quer abordar e fazer entender ao interlocutor.
      Em resumo, sempre anunciando a especulação do tema proposto pelo orador, ou seja, a abordagem necessariamente teórica.

Concluindo, as semelhanças são apenas aparentes, na realidade há diferenças no conceito de Filosofia e as expressões populares relativas à Filosofia.

A FILOSOFIA PODE AJUDAR A GARANTIR MAIS CIDADANIA ?



A Filosofia propõe explicar as coisas e suas relações com o mundo. E essa explicação tem como método tentar sempre encontrar uma explicação racional. Busca conhecer e observar a verdade. Sua principal ferramenta é então a observação filosófica seguida da reflexão crítica. E isto significa postura intencional, coerente e dirigida às investigações do mundo e nossas relações com ele.

Assim acontece na educação, ela faz entender ao aluno a importância de se questionar as coisas e da postura socrática, do nada saber, que motiva a busca do conhecimento e da verdade. A atitude de quem estuda e procura o saber é a atitude do observador que volta atrás, retrocedendo e voltando-se para si mesmo, examinando com cuidado e atenção.
Portanto, é possível sim, que a Filosofia interagindo com programas e práticas educativas, ajude a garantir mais cidadania.
Interação a ser realizada através da participação em programas culturais como: seminários, conferências, cursos, aulas, debates, pesquisas e o estudo ordenado e sistêmico.  
Em outras palavras, ao trabalhar a capacidade cognitiva do aluno-cidadão, ao garantir o seu envolvimento com o conhecimento, e despertar a sua postura investigativa e de reflexão filosófica, desenvolver-se-á o seu desejo de envolvimento e de participação com as questões da polis. Logo garantindo mais cidadania.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A ÁGUIA E A GALINHA de James Aggrey.


A FÁBULA DA ÁGUIA E DA GALINHA
Esta é uma história que vem de um pequeno país da África Ocidental, Gana, narrada por um educador popular, James Aggrey, nos inícios deste século, quando se davam os embates pela descolonização.

"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros.

Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
– Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
– De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
– Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
– Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.

Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
– Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!

A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.

O camponês comentou:
– Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
– Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.

No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou lhe:
-Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!

Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.

O camponês sorriu e voltou à carga:
– Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
– Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.

No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.

O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe !

A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.

Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou... voou.. até confundir-se com o azul do firmamento... ".

Referência

BOFF, Leonardo. A águia e a galinha. Uma metáfora da condição humana. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
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Interpretando, sob o nosso ponto de vista:

"E A LUZ FOI DADA AO NEÓFITO!"

Esta fábula, e em particular as inferências efetuadas pelo naturalista, me remete ao ensinamento do filósofo Sócrates, contido na frase em latim: “Nosce Te Ipsum”. Esta expressão significa “Conhece-te a ti próprio”, e foi encontrada inscrita em uma das pareces do templo de Apolo, na cidade de Delfos, na Grécia. Ela ensina que está dentro de cada um de nós as respostas para as questões mais particulares; como neste caso, a questão da existência: a eterna pergunta, QUEM SOU EU?

Refletindo um pouco mais, observando o camponês, lembro-me dos anos da ditadura militar no Brasil, quando o curso de Filosofia foi banido dos currículos das universidades brasileiras e a disciplina excluída das escolas públicas do ensino fundamental e médio.

Nesta fábula, o camponês, é mostrado como aquele ditador, cujo método de governo, centra-se na estratégia de que, para manter o povo sob seu domínio, é necessário afastá-lo de toda e qualquer informação que possa vir a esclarecê-lo, quanto aos seus direitos. O que seguramente aconteceria, a partir da reflexão filosófica, aplicada à busca pelo conhecimento.

Ao contrário, o trabalho do naturalista, de origem socrática, esforça-se para conduzir a Águia que se acha Galinha, a conhecer-se e a exercer seu lugar no mundo onde vive. Um lugar, muito acima dos terreiros do camponês, no alto, no espaço, alçado por sua capacidade natural de voar.

Entretanto, encoberta pela vida de acéfalo que passa a maior parte de sua existência a segurar minhocas na boca, ela refuta em seguir os ensinamentos do naturalista.

Enfim, a partir de algumas tentativas fracassadas, o educador James Aggrey, finalmente busca no símbolo do Sol, que a milhares de anos, simboliza a luz da verdade, uma forma efetiva de transformação da pobre ave.

O naturalista, a segura firmemente em suas mãos e aponta-a para o Sol. Este gesto faz com que ela contemple a luz inebriante do maior astro de nosso mundo e perceba finalmente o que na verdade é: o símbolo da força, da grandeza e da majestade no mundo animal.

Concluindo, o trabalho do naturalista aponta o caminho que deve tomar o mestre. Caminho este que deve motivar o aprendiz, ao estudo, pesquisa, debate e a reflexão filosófica. Este caminho deve criar uma interface de si com o mundo exterior, proporcionando a busca autêntica pelo conhecimento.

E claro, bem distante de se tornar um camponês em um ambiente que exclua a liberdade de SER e SABER!


quinta-feira, 30 de junho de 2011

FALANDO EM EDUCAÇÃO (4) - Agora à Distância


EaD - A Revolucionária Aplicação de uma Antiga Idéia!

Permita-me,  inicialmente, rever a Pedagogia Liberal Tradicional. 
O Papel dessa escola é a comunicação de conhecimentos universais, com o objetivo do preparo intelectual e moral, de seus alunos, visando posicioná-los na sociedade.

No entanto, o caminho escolhido pelo Professor para o ensino, é o de “mão-única”, aquele em que, o mestre coloca-se no centro do “tabuleiro”, considera-se como detentor de todo o conhecimento, e por isto mesmo, age como o único transmissor. Por outro lado, o aluno, tem a missão de receber toda a informação e a obrigação de memorizá-la, sem o direito de questioná-la ou debatê-la.

Esse método de ensino, centralizador é caracterizado pela simples exposição, aplicação de exercícios e leituras de conteúdos que devem ser obrigatoriamente decorados.

Estas respostas têm como base os conteúdos memorizados, bastando que ele, nas avaliações, reproduza os conteúdos que decorou. Estas avaliações têm como objetivo escolher aqueles que poderão ir em frente.
A Pedagogia Liberal Tradicional, ainda é vista em alguns colégios, principalmente da rede pública e traz sobre as suas costas a arrogância da concepção magistrocêntrica, e, ao mesmo tempo, a ingenuidade, demonstrada na presunção daqueles educadores que consideram o conhecimento, um objeto que pode ser arremessado, atirado, ou para utilizar um jargão popular: “enfiado-goela abaixo”;
Lamentavelmente, acabam por resumir a arte de ensinar, a um ato que repousa muito mais na disciplina, do que na busca do entendimento pelos caminhos do estudo, debate, reflexão e introspecção, realizada individualmente e a partir do mestre que inspira, serve de exemplo e encanta.
Assim, retornando a EaD, o que temos de ação pedagógica é algo muito próximo da Escola Nova, pois sua proposta era adequar o ambiente escolar à aprendizagem, seguindo o lema, “aprender fazendo”, que privilegia as aulas práticas e a experiência do aluno em primeiro plano. Já o professor, afasta-se do centro do ensino e somente supervisiona as atividades dos alunos que trabalham em grupo, e constroem suas idéias. Ao contrário da Escola Tradicional, o professor não é mais o transmissor de conhecimento, mas sim o coordenador do estudo e pesquisas dos alunos, que buscam descobrir o conhecimento de forma autônoma.
BINGO! Acrescente-se a essa definição a rede mundial de computadores, um ambiente virtual de aprendizado criado a partir do advento da “Interação Intelectual” e o conceito descrito por Hoffman e Mackin, surgido em 1996, com a nova Educação à Distância:
A incorporação crescente das novas tecnologias da informação e comunicação ao processo ensino - aprendizagem, vem tornando essa modalidade educacional mais extensiva em público e audiência, rompendo barreiras culturais, de língua, aprender, e de realizar as interações necessárias entre "aprendiz/interface, aprendiz/conteúdo, aprendiz/professor, aprendiz/aprendiz".
Hoffman & Mackin. (1996)
Este parágrafo, no que diz respeito as principais ferramentas, remete àquelas que interligam o aprendiz ao EVA, aos livros didáticos (físicos e digitais), ao professor (agora mediador e não mais um mero transmissor de conteúdos) e, a importante relação do aprendiz com ele próprio, que nos leva ao ensinamento Socrático do “Nosce te Ipsum, o conhece-te a ti mesmo.
A menção acima de Hoffman e Mackin, fala por si só, esclarece e fundamenta a importância da Educação à Distância e enobrece a participação HISTÓRICA de todos os envolvidos neste processo (novo e revolucionário), aplicado a mais antiga e essencial procura do homem: A BUSCA PELO CONHECIMENTO!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

VIAJAR NO TEMPO: QUESTÃO DE DINHEIRO, NÃO DE FÍSICA.

Há muitos anos o tema fascina cientistas e escritores de ficção

científica, que propõem métodos para deslocar-se a diferentes períodos. Um exemplo é a trilogia "De volta para o futuro " que através do De Lorean, permite os protagonistas chegarem a qualquer ponto no tempo.

Conquanto muitos dos elementos mostrados no cinema estão afastados da realidade; especialistas no tema contam com vários argumentos e teorias para realizar a primeira viagem no tempo.

Ronald Mallet, professor de física da Universidade de Connecticut, vem trabalhando durante vários anos em uma máquina especial para conseguir este tipo de deslocações. De acordo com declarações feitas pelo pesquisador, o mecanismo deverá emitir raios laser que igualam o calor gerado pelo núcleo do sol
, disparando simultaneamente múltiplos raios formando um cilindro de luz que abra um caminho ao passado.

O catedrático da Universidade Washington, John Cramer, trabalha também em seu próprio aparelho para realizar estas viagens. Sua intenção é criar um modelo onde se mostre que duas partículas subatômicas procedentes de uma maior, podem entrelaçar-se transmitindo informação entre si, independentemente do tempo e espaço. Isto poderia ser a chave para retroceder ou avançar meses ou anos.

Outro dos físicos que tem criado seu método é o britânico Paul Davis, que após analisar a teoria sobre a manipulação do espaço-tempo proposta por Albert Einstein e posteriormente Amos Ori, concluiu que para poder viajar no tempo é necessário que dois buracos negros se unam entre si para criar um
buraco de minhoca que criaria um portal entre passado e futuro.

Também, o cientista Stephen Hawking já pensou em três possíveis rotas para chegar ao passado ou futuro. A primeira delas seria mediante o uso do colisor de hádrons que serviria como guia para criar um trem, que se deslocaria quase à velocidade da luz abrindo uma porta para o futuro.

O físico britânico assegura que outra forma de fazê-lo é criando buraco de minho
; ou bem, mediante um buraco negro e utilizando uma nave especial. Hawking concluiu que a única limitante da humanidade é o dinheiro e não a física, pois cada um dos métodos requer o investimento de bilhões de dólares.

Leia mais em: Viajar no tempo: questão de dinheiro, não de física - Metamorfose Digitalhttp://www.mdig.com.br/index.php?itemid=11868#ixzz1NT7jtCPD

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Stephen William Hawking, CH, CBE, FRS, FRSA (Oxford, 8 de janeiro de 1942[1]) é um físico teórico e cosmólogo britânico e um dos mais consagrados cientistas da atualidade. Doutor em cosmologia, foi professor lucasiano de matemática na Universidade de Cambridge (posto que foi ocupado por Isaac Newton)[2]. Depois de atingir a idade limite para o cargo, tornou-se professor lucasiano emérito daquela universidade.[3]

Hawking tem uma distrofia neuromuscular, semelhante à esclerose amiotrófica lateral, cuja condição se agravou ao longo dos anos, e o deixou quase que completamente paralisado.

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