Esta pergunta me foi feita por um estudante universitário.
Vale aqui, uma pequena retrospectiva da história da educação no Brasil:
A Escola Nova, [proposta na década de 70] não se contrapôs ao sistema político e econômico praticado no Brasil, e traça seu plano de trabalho na educação, visando os interesses do capitalismo.
Outra característica importante foi e ainda é o papel da escola, enquanto integralizadora do indivíduo na sociedade; apesar de não tentar reformulá-la, mantendo-se o regime capitalista predominante até os dias de hoje.
Desta forma, a Escola Nova, não substituiu a escola tradicional e manteve a essência da pedagogia liberal, que coloca a escola na posição de preparadora dos indivíduos para cumprir papéis sociais, adaptando-se, porém, as regras vigentes na sociedade que não leva em conta a desigualdade de condições e mesmo assim difundi a idéia de igualdade de oportunidades.
Precisamente por isto, prevalecem os diferentes tipos de educação, dividida em ensino público e particular; o primeiro preparando o aluno na educação elementar e o capacitando para o trabalho como característica da pedagogia liberal; e o segundo, o ensino dito “elitizado” com base na educação cultural e que conta com maiores recursos traduzidos em laboratórios, oficinas, professores mais capacitados e ambientes que possibilitem as atividades práticas e em grupo.
Com isto, conseguem potencializar as qualidades individuais de seus alunos, preparando-os para se tornarem empreendedores e novos líderes.
Entretanto, vale repetir: respeitando e se adaptando ao ambiente sócio-econômico predominante na sociedade capitalista.
Acredito que a solução está na diferença entre o aluno e o estudante. Enquanto o primeiro prepara-se para aquilo que lhe tentam ensinar o outro de “olhos abertos” aprende pelo exercício da pesquisa e do estudo, indagação e crítica, e voltar-se-á para a educação e a cultura, de cunho filosófico. Estes sim, os verdadeiros pilares do cidadão que devidamente formado ocupará o seu lugar na sociedade social e política. Exercendo finalmente, todos os direitos e deveres que lhe cabem pela Constituição.
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