Posso reconstituir um retrato crítico, apresentando algumas facetas de cada sessão em câmara de instrução, como pequenas faces regulares de uma pedra lapidada.
Em outras palavras: a pedra a ser trabalhada, é apresentada na figura do neófilo que, deve projetar-se além do templo [profanun].
O mestre como o mediador de Paulo Freire(1), deve personificar-se definitivamente, como aquele que, ao invés de transmitir conteúdos, mobiliza-os com o objetivo não apenas de alcançar o neófilo, mas, de inspirá-lo a se voltar à pesquisa, ao pensamento, ao estudo, ao debate e à reflexão crítica.
Para tanto, deve entender a complexidade do ensino, a partir do entendimento do sistema instrucional e da análise dos elementos que compõem a organização do trabalho pedagógico.
Desta forma, aplicando o conceito e o currículo adequado ao ensino maçônico, refletir acerca do planejamento da leitura das instruções clássicas, dos debates dos complementos e facículos e, finalmente compreender, o conceito pedagógico do sistema histórico filosófico aplicado à maçonaria.
Como fórmula de possibilitar tal emprego ao ensino maçônico, deve o mestre, aplicar a “ignorância socrática”, ao refletir sobre si próprio[nosce te ipsum], na busca de conhecer-se melhor e encontrar motivação para renovar esforços em direção ao estudo e a busca de novos conhecimentos.
Finalmente, o mestre deve cercar-se do pensamento e do trabalho coletivo, contraposto ao individual, e sob a sua liderança - agora renovada e atual - trabalhar incansavelmente para encontrar uma resposta à impiedosa, mas salutar questão:
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