quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
O SÁBIO NÃO JULGA SABER,ELE BUSCA,PROCURA,INVESTIGA...
Podemos entender como Filosofia um modo de pensar, uma convicção em presença da realidade. Entretanto, como está diretamente ligada ao pensamento, não poderá se apresentar como um sistema fechado em uma redoma. Se vamos refletir sobre a vida e seus fenômenos, é primordial que convivamos com a dúvida, para que a partir dela e da humildade intelectual, estejamos abertos à novas possibilidades de entendimento. Essa reflexão permite ir além do aspecto superficial dos acontecimentos, a procura de seus conceitos mais profundos, não só do que é novo, como também reciclando, repensando os velhos conceitos. A questão é: como permanecer neste estado de pensamento, se entender ter concluído a busca pelo conhecimento do homem e sua relação com o universo? Não há como. Se concluir meu entendimento sobre algo, significará aceita-lo definitivamente como verdade, e me obrigará a acolher também a estagnação intelectual e a acomodação estúpida. “O que sei é que nada sei” de Sócrates, muito mais do que a interpretação literal demonstra, ela nos leva a restabelecer nossa procura do saber de forma infinita e à busca da verdade sem preconceitos ou limites. Pois, certamente o ser humano jamais terá a compreensão definitiva e válida sobre tudo o que esteja relacionado com o conhecimento de si próprio e do mundo que o cerca. Por conseguinte, ele estará continuamente dedicado à audaciosa e necessária missão da investigação permanente. E mesmo sabedor de que jamais chegará a ela e dela não se apoderará, continuará a buscá-la, ininterruptamente, porque é pelo caminho que deverá percorrer que abrirá portas para novas possibilidades de filosofar através de diferentes perspectivas, buscando outros e novos conceitos de forma geral.
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